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Newton Ferreira da Silva MARÍLIA 2011 - Faculdade de Filosofia e ...

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azoavelmente diferente. O sentido <strong>da</strong>quela produção não era mais a apropriação priva<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

um capitalista, e sim o benefício coletivo, com a apropriação social do resultado <strong>da</strong>quele<br />

esforço individual. Esta consciência, essa noção <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> Revolução, ten<strong>de</strong>ria a fazer com que o trabalhador executasse a pesa<strong>da</strong> e<br />

difícil tarefa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo com outro espírito, i<strong>de</strong>ntificando-se imediatamente com o rumo que<br />

era <strong>da</strong>do à sua contribuição produtiva na nova socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. E quanto maior fosse o sacrifício<br />

maior seria o <strong>de</strong>senvolvimento material e <strong>da</strong> sua consciência. Consciência que tornaria<br />

suportável a prática <strong>de</strong>sses sacrifícios, haja vista o fato <strong>de</strong> que tudo se torna mais prazeroso <strong>de</strong><br />

se fazer quando se vê e compreen<strong>de</strong> o sentido do ato, quando se sabe o quê e o porquê se está<br />

fazendo. De acordo com Guevara (1982e, p. 145):<br />

111<br />

Em muitos casos, as condições <strong>de</strong> trabalho não mu<strong>da</strong>ram, mas temos que<br />

fazer mu<strong>da</strong>r rapi<strong>da</strong>mente a consciência para que se torne bem claro o caráter<br />

novo que tem esse trabalho, o caráter novo do sacrifício, que às vezes po<strong>de</strong><br />

significar trabalhar em condições difíceis para o proletariado cubano. É<br />

necessário criar consciência que nos permita elevar enormemente a nossa<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> passagem para o comunismo.<br />

Para Che, realmente, a Revolução já havia conseguido <strong>da</strong>r uma significação nova para<br />

o trabalho, não mais alienado e penoso, mas praticado conscientemente e, por conseguinte, <strong>de</strong><br />

maneira mais alegre e humana.<br />

[...] o homem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar to<strong>da</strong>s as etapas <strong>da</strong> alienação capitalista, e<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar uma besta <strong>de</strong> carga ungi<strong>da</strong> ao jugo do explorador,<br />

reencontrou sua rota e reencontrou o seu caminho <strong>de</strong> alegria. Hoje 67 , em<br />

nossa Cuba, o trabalho adquire ca<strong>da</strong> vez mais uma significação nova, é feito<br />

com alegria nova. (GUEVARA, 1982j, p.75-6, grifo do autor)<br />

A seguir, Guevara faz uma síntese do que significa o trabalho emancipado e livre que<br />

é praticado sob o estímulo gerado pela consciência do <strong>de</strong>ver e <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> contribuição<br />

individual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um para o <strong>de</strong>senvolvimento completo, contínuo e uniforme <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(tanto material – bens <strong>de</strong> consumo, quanto espiritual, cultural e moral). De acordo com<br />

Guevara (1982j, p.76):<br />

Outra vez se adquire frente ao trabalho a velha alegria, a alegria <strong>de</strong> estar<br />

cumprindo um <strong>de</strong>ver, <strong>de</strong> se sentir importante <strong>de</strong>ntro do mecanismo social, <strong>de</strong><br />

67 15 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1964 – Discurso proferido no ato <strong>de</strong> entrega dos Certificados <strong>de</strong> Trabalho Comunista aos<br />

operários vinculados ao Ministério <strong>da</strong>s Indústrias que trabalharam mais <strong>de</strong> 240 horas voluntárias no primeiro<br />

semestre do corrente ano.

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