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Newton Ferreira da Silva MARÍLIA 2011 - Faculdade de Filosofia e ...

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homem novo, que se modifica ao mesmo tempo em que altera a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, tornar-se-á o ser<br />

social totalmente <strong>de</strong>salienado, emancipado e, portanto, livre.<br />

Mesmo após o seu advento, o homem novo não po<strong>de</strong> parar <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver – <strong>de</strong>ve<br />

acompanhar a construção e evolução do projeto socialista. O seu grau <strong>de</strong> conscientização (que<br />

sempre redun<strong>da</strong> em uma prática correspon<strong>de</strong>nte a essa consciência) ain<strong>da</strong> não chegou ao<br />

ápice, crescerá na sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> solidária e mediante sua educação cotidiana.<br />

Neste período <strong>de</strong> construção do socialismo, po<strong>de</strong>mos ver o homem novo que<br />

está nascendo. Sua imagem ain<strong>da</strong> não está acaba<strong>da</strong>, nem po<strong>de</strong>ria, já que o<br />

processo an<strong>da</strong> paralelo ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> formas econômicas novas.<br />

(...) os homens adquirem ca<strong>da</strong> dia maior consciência <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />

incorporação à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e, ao mesmo tempo, <strong>de</strong> sua importância como<br />

motores <strong>da</strong> mesma.‖ (GUEVARA, 2004d, p.255)<br />

Na transição socialista ain<strong>da</strong> permanecem resquícios <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> recém <strong>de</strong>rruba<strong>da</strong><br />

pelo povo, tanto no aspecto i<strong>de</strong>al quanto na produção material (ambos se <strong>de</strong>terminando<br />

dialeticamente). Por isso, e assim preconizava Che, ao mesmo tempo em que se constrói a<br />

nova sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se acabar <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir a anterior.<br />

A nova socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em formação <strong>de</strong>ve competir duramente com o passado.<br />

Isso se faz sentir não apenas na consciência individual, na qual pesam os<br />

resíduos <strong>de</strong> uma educação sistematicamente orienta<strong>da</strong> para o isolamento do<br />

indivíduo, mas também pelo próprio caráter <strong>de</strong>sse período <strong>de</strong> transição,<br />

quando permanecem as relações mercantis. (GUEVARA, 2004d, p.252)<br />

O interesse moral, a disposição em trabalhar e se <strong>de</strong>dicar a algo baseado na ética e no<br />

seu significado, <strong>de</strong>ve ser a principal alavanca <strong>da</strong> transformação social. E o homem novo é<br />

aquele que, compreendi<strong>da</strong> e adquiri<strong>da</strong> a nova moral não-mercantil, a coloca em prática em<br />

to<strong>da</strong>s as suas atitu<strong>de</strong>s individuais – preocupa-se efetivamente em materializá-la no solo real<br />

<strong>da</strong>s relações sociais. Esse novo tipo <strong>de</strong> ser humano é criado mediante aquisição <strong>de</strong> uma<br />

consciência que advém basicamente <strong>de</strong> duas fontes: a objetiva e material do novo trabalho e<br />

<strong>da</strong> nova prática e a que é propicia<strong>da</strong> pelo estudo e pela cultura ―[...] pela incorporação <strong>de</strong><br />

novos hábitos nos comportamentos cotidianos, os indivíduos sofrerão o impacto <strong>da</strong> nova<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e serão compelidos à autotransformação.‖ (SADER, 2004, p.36)<br />

Che afirmava que a experiência guerrilheira revolucionária em Sierra Maestra já havia<br />

sido transformadora para todos os que estavam envolvidos nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Exército<br />

Rebel<strong>de</strong>. Ali, conforme afirmou Guevara, aconteceu ―uma revolução que se [processou] em<br />

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