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Newton Ferreira da Silva MARÍLIA 2011 - Faculdade de Filosofia e ...

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momento em que fosse construí<strong>da</strong> e instituí<strong>da</strong> a forma <strong>de</strong> organização social e econômica<br />

comunista, basea<strong>da</strong> na posse coletiva <strong>de</strong> todos os bens existentes sobre a Terra.<br />

O comunismo como supressão positiva <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> (enquanto<br />

auto-alienação humana) e por isso como apropriação real <strong>da</strong> essência<br />

humana pelo e para o homem; por isso como regresso completo, consciente<br />

e advindo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a riqueza do <strong>de</strong>senvolvimento até agora, do homem<br />

a si próprio como um homem social, i. é, humano. [...] ele é a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />

resolução do conflito do homem com a Natureza e com o homem, a<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira resolução <strong>da</strong> luta entre existência e essência, entre objetivação e<br />

autoconfirmação, entre liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, entre indivíduo e gênero.<br />

Ele é o enigma <strong>da</strong> história resolvido e sabe-se como essa solução. (MARX,<br />

1994, p. 92, grifos do autor) 38<br />

Da mesma forma que a luta <strong>de</strong> classes entre patrões e trabalhadores reflete e sintetiza<br />

hoje a batalha <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> contra um modo <strong>de</strong> produção que aliena do homem o<br />

valor por ele produzido e que aprisiona seu espírito criador e seu intelecto em uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que não lhe pertence, a emancipação específica <strong>de</strong>ssa classe <strong>de</strong>spossuí<strong>da</strong> – mediante extinção<br />

<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> e advento do comunismo - significaria a completa libertação <strong>de</strong> todos<br />

os membros que compõem a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> humana. Assim <strong>de</strong>finiu Marx (1994, p. 72, grifos do<br />

autor):<br />

Da relação do trabalho alienado com a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> segue-se ain<strong>da</strong><br />

que a emancipação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>, etc., <strong>da</strong> servidão, se<br />

exprime na forma política <strong>da</strong> emancipação dos operários, não como se se<br />

tratasse apenas <strong>da</strong> emancipação <strong>de</strong>les, mas antes porque na sua emancipação<br />

está conti<strong>da</strong> a emancipação universalmente humana, mas esta está aí conti<strong>da</strong><br />

porque to<strong>da</strong> a servidão humana está envolvi<strong>da</strong> na relação do operário com a<br />

produção e to<strong>da</strong>s as relações <strong>de</strong> servidão são apenas modificações e<br />

conseqüências <strong>de</strong>ssa relação. 39<br />

38 ―O comunismo na condição <strong>de</strong> supra-sunção (Aufhebung) positiva <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>, enquanto<br />

estranhamento-<strong>de</strong>-si (Selbstentfremdung) humano, e por isso enquanto apropriação efetiva <strong>da</strong> essência humana<br />

pelo e para o homem. Por isso, trata-se do retorno pleno, tornado consciente e interior a to<strong>da</strong> riqueza do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento até aqui realizado, retorno do homem para si enquanto homem social, isto é, humano. [...] Ele é<br />

a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira dissolução (Auflösung) do antagonismo do homem com a natureza e com o homem; a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />

resolução (Auflösung) do conflito entre existência e essência, entre objetivação e auto-confirmação<br />

(Selbstbestätigung), entre liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Notwendigkeit), entre indivíduo e gênero. É o enigma<br />

resolvido <strong>da</strong> história e se sabe como esta solução.‖ (MARX, 2004, p.105, grifos do autor)<br />

39 ―Da relação do trabalho estranhado com a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se, além do mais, que a<br />

emancipação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> etc., <strong>da</strong> servidão, se manifesta na forma política <strong>da</strong><br />

emancipação dos trabalhadores, não como se dissesse respeito somente à emancipação <strong>de</strong>les, mas porque na sua<br />

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