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Newton Ferreira da Silva MARÍLIA 2011 - Faculdade de Filosofia e ...

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<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer [...]. Isso significa sentir a revolução. Isso significa que o<br />

homem é um revolucionário por <strong>de</strong>ntro, que sente como revolucionário.<br />

Então o conceito <strong>de</strong> sacrifício adquire novas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s. (GUEVARA,<br />

2004f, p.241-2)<br />

O membro do partido (ou homem novo, ou ain<strong>da</strong> trabalhador voluntário <strong>de</strong> vanguar<strong>da</strong>)<br />

nunca <strong>de</strong>ve ser motivado por uma busca <strong>de</strong> benefício material individual. O <strong>de</strong>ver moral<br />

(reflexo <strong>de</strong> uma consciência avança<strong>da</strong>) o impele à prática <strong>de</strong>sses atos tão-somente voltados a<br />

contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico e espiritual <strong>de</strong>ssa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> à qual,<br />

sabi<strong>da</strong>mente, ele pertence. O homem novo não quer vantagens individuais – a não ser aquelas<br />

que provenham <strong>de</strong> uma melhora coletiva e que, subseqüente e obviamente, refletir-se-ão na<br />

vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo tomado isola<strong>da</strong>mente. Afinal, este novo tipo <strong>de</strong> homem é aquele que<br />

mostra ―o exemplo <strong>de</strong> seu trabalho constante durante dias e dias, sem esperar <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

outra coisa senão o reconhecimento <strong>de</strong> seus méritos <strong>de</strong> trabalhador, <strong>de</strong> construtor <strong>de</strong>ssa nova<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>...‖ (GUEVARA, 1982e, p.142)<br />

O trabalhador, nesse patamar <strong>de</strong> consciência, teria compreendido e internalizado (para<br />

imediata colocação em prática) os valores solidários imprescindíveis que <strong>de</strong>vem possuir<br />

aqueles que querem transformar radical e ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. To<strong>da</strong>via, segundo<br />

Che, somente através <strong>de</strong> um processo muito profundo <strong>de</strong> conscientização, <strong>de</strong> educação<br />

coletiva e <strong>de</strong> auto-educação seria possível fun<strong>da</strong>mentar a nova moral comunista, base <strong>de</strong> todos<br />

os <strong>de</strong>mais e ulteriores <strong>de</strong>senvolvimentos revolucionários. Para tanto, Guevara tentaria fazer <strong>de</strong><br />

to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> cubana uma gran<strong>de</strong> escola, pois acreditava que tão-somente assim seria<br />

exeqüível o advento do homem novo construtor <strong>da</strong> nova civilização.<br />

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