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A educação contextualizada como instrumento de inclusão ... - Unicid

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edação arquivada voltasse a dar problemas. Felizmente, um bombeiro constatou<br />

um problema na instalação elétrica no quadro <strong>de</strong> força. O incêndio <strong>de</strong>struiu<br />

totalmente a secretaria e os arquivos da escola.<br />

Através <strong>de</strong> um amigo, também acostumado com a reprovação escolar,<br />

conheci o escotismo. Entrei para um grupo que ficava em Carapicuíba. Saía <strong>de</strong> São<br />

Paulo aos sábados e domingos ainda <strong>de</strong> madrugada, ia <strong>de</strong> ônibus para uma região<br />

<strong>de</strong> núcleos habitacionais <strong>de</strong> Carapicuíba para hastear a ban<strong>de</strong>ira e cantar o Hino<br />

Nacional, junto com outros escoteiros divididos em patrulhas, enfileirados,<br />

impecavelmente uniformizados. Foi no grupo “Rondon” <strong>de</strong> escotismo que aprendi<br />

muita coisa sobre disciplina e hierarquia e, em pouco tempo, me tornei monitor <strong>de</strong><br />

patrulha. Para conquistar esse posto, tive que fazer muitas tarefas físicas,<br />

comportamentais e intelectuais, apren<strong>de</strong>r a obe<strong>de</strong>cer e a organizar. O escotismo é<br />

uma organização que, sistematicamente, tem <strong>como</strong> objetivo o ato <strong>de</strong> educar.<br />

Analisando este panorama, estabeleço comparações com a escola que frequentei e<br />

me pergunto on<strong>de</strong> eu errei e on<strong>de</strong> a escola errou. A imaturida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ter uma<br />

gran<strong>de</strong> influência na disposição para a aceitação das regras da organização, mas<br />

outro ponto <strong>de</strong> vista é que o escotismo talvez fora <strong>como</strong> uma “segunda chance”.<br />

Naquele momento, começar a frequentar outra “escola” e experimentar seguir as<br />

regras tiveram uma imagem positiva para mim. O chefe do grupo frequentemente<br />

comparecia na escola para tomar nota do meu <strong>de</strong>sempenho escolar, no grupo ele<br />

conversava sobre as notas, frequência, falava <strong>de</strong> trabalho da vida adulta, mas em<br />

nenhum momento eu sofria castigos ou tinha meu posto <strong>de</strong> monitor ameaçado.<br />

Deixei o escotismo, quando mu<strong>de</strong>i com meus pais para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bauru, no<br />

interior <strong>de</strong> São Paulo, lá terminei a oitava série em regime <strong>de</strong> suplência, já com<br />

<strong>de</strong>zessete anos.<br />

1.1 Inicio da carreira profissional<br />

Comecei a minha vida profissional com quatorze anos, em uma pequena<br />

fábrica <strong>de</strong> especiarias, <strong>como</strong> ajudante geral. Depois, <strong>como</strong> auxiliar <strong>de</strong> escritório em<br />

uma escola da re<strong>de</strong> privada on<strong>de</strong> estu<strong>de</strong>i; em uma empresa <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> em<br />

painéis, aprendi a <strong>de</strong>senhar; em um escritório <strong>de</strong> arquitetura trabalhava <strong>como</strong><br />

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