A educação contextualizada como instrumento de inclusão ... - Unicid
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porém essa <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> ocorre num espaço geográfico mais <strong>de</strong>nso se observados<br />
os dados <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica e a área da unida<strong>de</strong> territorial.<br />
No panorama observado, as cida<strong>de</strong>s da região oeste da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />
Paulo funcionam <strong>como</strong> a periferia da cida<strong>de</strong>, uma vez que ocorre a troca <strong>de</strong> mão <strong>de</strong><br />
obra e serviços com pouca ou sem qualificação. A população das cida<strong>de</strong>s vizinhas<br />
da Zona Oeste paulistana possui uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica e um índice <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social maior do que a da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Um importante fato a<br />
consi<strong>de</strong>rar é que, <strong>de</strong>ntre essas cida<strong>de</strong>s, as que possuem limites municipais com a<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo apresentam o maior <strong>de</strong>senvolvimento populacional nessas<br />
regiões, além <strong>de</strong> não haver trecho rural entre as cida<strong>de</strong>s e a capital, ou seja, elas<br />
compartilham suas riquezas e pobrezas <strong>como</strong> se fossem bairros mais afastados da<br />
capital paulista. Lembrando que a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Osasco era um bairro da capital<br />
paulista, emancipando somente em 1962.<br />
Por meio <strong>de</strong>sse panorama, po<strong>de</strong>mos concluir que parte da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mográfica e do índice <strong>de</strong> pobreza e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser agregada aos dados<br />
da capital paulista que ficaram com valores <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> com maior<br />
<strong>de</strong>senvolvimento local. Porém, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua pobreza e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> é<br />
amenizada pelo fato <strong>de</strong> que os valores <strong>de</strong> índice <strong>de</strong> pobreza estão concentrados nas<br />
cida<strong>de</strong>s vizinhas, se consi<strong>de</strong>rarmos a região da gran<strong>de</strong> São Paulo.<br />
Neste contexto, programas <strong>de</strong> assistência à população, sobretudo em forma<br />
<strong>de</strong> ajuda financeira têm se tornado políticas dos sucessivos governos. Tais<br />
programas têm rendido divi<strong>de</strong>ndos eleitorais, mas sua eficácia em termos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento efetivo é bastante duvidosa, porque eles não têm vindo<br />
acompanhados <strong>de</strong> uma proposta educacional capaz <strong>de</strong> recuperar a credibilida<strong>de</strong> das<br />
pessoas. A garantia do direito à saú<strong>de</strong>, à moradia, à alimentação e à <strong>educação</strong> é<br />
fundamental e atua <strong>como</strong> um alicerce para o <strong>de</strong>senvolvimento sadio da população,<br />
sobretudo dos jovens. Porém, não po<strong>de</strong>m ser reduzidos a programas<br />
assistencialistas e induzem à a<strong>como</strong>dação na situação <strong>de</strong> pessoa que vive <strong>de</strong><br />
benefício e impe<strong>de</strong> a busca <strong>de</strong> uma vida digna. Esses direitos precisam se tornar<br />
políticas públicas que vinculam a garantia dos direitos básicos a uma perspectiva <strong>de</strong><br />
superação gradativa da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social. É importante evitar a <strong>de</strong>pendência dos<br />
programas <strong>de</strong> assistência social e investir no combate à <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social com a<br />
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