A educação contextualizada como instrumento de inclusão ... - Unicid
A educação contextualizada como instrumento de inclusão ... - Unicid
A educação contextualizada como instrumento de inclusão ... - Unicid
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>de</strong> vida que possuem. Nesse caso, os pais, quando têm condições financeiras,<br />
matriculam seus filhos em escolas privadas, em busca <strong>de</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> e<br />
ensino, ou recorrem ao ensino publico, local. Os dois grupos sociais <strong>de</strong>scritos acima<br />
divi<strong>de</strong>m um pequeno espaço que é o bairro on<strong>de</strong> vivem, a proximida<strong>de</strong> física é<br />
inversamente proporcional à convivência social.<br />
A <strong>educação</strong> <strong>contextualizada</strong> surge nas regiões metropolitanas <strong>como</strong><br />
alternativa a essas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> culturas variadas, que não acreditam na<br />
<strong>educação</strong> escolar da forma que lhes é apresentada. A escola pública <strong>de</strong> bairro<br />
convive com gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e tem, entre seus objetivos, a convivência produtiva<br />
entre diferentes, contudo, na prática, não é bem o que acontece a ação da escola<br />
acaba promovendo o acirramento do conflito.<br />
A escola acaba não dando conta <strong>de</strong> lidar com o jovem estudante que chega<br />
à sala <strong>de</strong> aula sem muita perspectiva. Ele cresceu em famílias cujos componentes<br />
não tiveram histórias <strong>de</strong> sucesso na escola e acabam assumindo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a<br />
escola é para alguns, para aqueles que têm jeito para o estudo e não para todos<br />
<strong>como</strong> preconiza a lei. Essas pessoas, embora valorizem a escola <strong>como</strong> um caminho<br />
importante para as conquistas pessoais <strong>de</strong> seus filhos, em muitos casos, veem no<br />
fracasso <strong>de</strong>stes, uma repetição da própria história. Isto gera dificulda<strong>de</strong>s para<br />
acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento dos filhos, sobretudo, quando estes apresentam<br />
dificulda<strong>de</strong>s na escola. São aqueles que, no processo <strong>de</strong> escolarização, assumiram<br />
uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> subalterna. Almeida (2005) ao referir-se à <strong>inclusão</strong> do subalternizado<br />
assim se manifesta:<br />
Para esse autor:<br />
Aos poucos foi ficando evi<strong>de</strong>nte que muitas crianças que frequentam a<br />
escola todos os dias, na realida<strong>de</strong> estão excluídas porque não participam<br />
do que acontece <strong>de</strong>ntro da sala <strong>de</strong> aula, assumindo uma condição <strong>de</strong><br />
subalterno (Almeida, 2005: p.69).<br />
Essa condição não é construída apenas no universo escolar, mas na<br />
escola é reforçada, transformada em estigma. Muitas crianças que chegam<br />
à escola, em função da cor da pele, do lugar on<strong>de</strong> mora ou da condição<br />
social assumem o estigma <strong>de</strong> inferiores. (Almeida, 2005: p.69).<br />
Os jovens que vivem em situação <strong>de</strong> pobreza e vulnerabilida<strong>de</strong> social e<br />
cujas famílias são analfabetas ou semi alfabetizadas, não tendo a cultura escrita<br />
58