A educação contextualizada como instrumento de inclusão ... - Unicid
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No momento não me preocupei em <strong>de</strong>finir o que significava a escola para<br />
mim sentia que o lugar é bom, com gente para ajudar, com hierarquia, or<strong>de</strong>m e ao<br />
mesmo tempo flexível, me senti um aluno sem culpa, eu estava me perdoando pelos<br />
erros do ensino fundamental fazendo as pazes comigo, realmente eu sentia que o<br />
momento era <strong>de</strong> mudança. No tempo em que cursei a escola técnica da UNESP, fiz<br />
amiza<strong>de</strong>s com alunos, funcionários e todos os professores, foi sem dúvida o melhor<br />
tempo que passei <strong>como</strong> aluno, a escola formou um técnico e um professor, digo isso<br />
porque anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> formado, voltei à escola no papel <strong>de</strong> professor e foi lá junto<br />
com meus professores e colegas <strong>de</strong> trabalho que aprendi as primeiras práticas<br />
docentes.<br />
1.2 A <strong>de</strong>scoberta da docência<br />
Fiquei no CTI da UNESP durante, aproximadamente, nove anos, juntamente<br />
com outras escolas nas quais passei no corpo discente e docente. Formei-me em<br />
Pedagogia e hoje vejo a escola com outros olhos, a escola adquire o significado, <strong>de</strong><br />
acordo com a resposta ao sinal do aluno. Como aluno, experimentei a falta <strong>de</strong><br />
sintonia com a escola e o resultado caminhou para o <strong>de</strong>scontrole. Como po<strong>de</strong>ria um<br />
jovem inexperiente retomar a sintonia com a escola através <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> si mesmo,<br />
uma vez que já experimentou o fracasso? Essa situação é discutida por Almeida<br />
quando fala da <strong>inclusão</strong> dos alunos que foram convidados a se retirar da escola:<br />
A <strong>inclusão</strong> dos que foram convidados a se retirar foi um processo<br />
extremamente complicado porque todos que receberam o tal convite após<br />
atritos diversos com pessoas da escola e o retorno <strong>de</strong>sses alunos à escola<br />
não foram aceito por essas pessoas (ALMEIDA, 2005: p.67).<br />
O trecho mostra que retomar a sintonia com a escola não é tarefa fácil e, em<br />
muitas situações, mesmo o aluno querendo, nem sempre isso é possível. Mesmo<br />
quando há na escola algum educador que <strong>de</strong>seja dar nova oportunida<strong>de</strong>, há aquele<br />
que se sente ofendido com o retorno, <strong>como</strong> é possível observar no trecho seguinte:<br />
Foram criadas situações <strong>de</strong> conflitos que me <strong>de</strong>ixaram duas alternativas:<br />
não tomar atitu<strong>de</strong> e o funcionário se sentir <strong>de</strong>sprestigiado, trabalhando e<br />
resmungando pela instabilida<strong>de</strong> da direção, ou aceitar a pressão e colocar o<br />
menino para fora novamente, contrariando meu compromisso na qualida<strong>de</strong><br />
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