Lourenço de Brito Correa: o sujeito mais perverso e escandaloso ...
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garantir a sua governabilida<strong>de</strong>. A sua tarefa como vice-rei não po<strong>de</strong>ria <strong>mais</strong> uma vez ser ameaçada<br />
por uma suspeita <strong>de</strong> que os fidalgos da Bahia, li<strong>de</strong>rados por um antigo agitador, armavam uma<br />
conjuração para retirá-lo do seu posto.<br />
Entre escritos que nunca foram vistos, a que o Con<strong>de</strong> chamou <strong>de</strong> capítulos e pasquins, e<br />
suspeitas <strong>de</strong> que o velho capitão <strong>Lourenço</strong> <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> <strong>Correa</strong> estava reunindo-se em ranchos e<br />
bandorias com alguns militares <strong>de</strong>scontentes, Desembargadores da Relação opositores e religiosos<br />
da Sé da Bahia, encerramos este trabalho abrindo novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa.<br />
A primeira <strong>de</strong>las consiste em aprofundar os estudos das consecutivas cartas <strong>de</strong><br />
estranhamento enviadas pelo Conselho Ultramarino durante o vice-reinado do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Óbidos no<br />
Brasil, se neste estudo sobre a capitania da Bahia vimos numerosos casos <strong>de</strong> postos e ofícios<br />
negados após o advento das reformas <strong>de</strong> Óbidos, veremos que nas <strong>de</strong><strong>mais</strong> Capitanias o<br />
<strong>de</strong>scontentamento para com a redução dos po<strong>de</strong>res dos oficiais régios e interferência nas mercês<br />
remuneratórias foi motivo <strong>de</strong> outras críticas que precisam ser aprofundadas.<br />
Por outro lado, faz-se necessário também problematizar as revoltas existentes nas praças<br />
ultramarinas, já estudadas por Luciano Raposo Figueiredo, mas que nesta experiência vivenciada na<br />
Bahia tomou rumos interessantes se levarmos em conta que <strong>de</strong>sta vez o vice-rei do Brasil não<br />
esperou para ver o resultado das suas suspeitas <strong>de</strong> motim e lançou mão do seu po<strong>de</strong>r para pren<strong>de</strong>r e<br />
embarcar seu maior inimigo e continuar a implementar as reformas que pretendia.<br />
Estes e outros problemas certamente serão levantados na pesquisa que pretendo levar a cabo,<br />
após ter atingido os objetivos do presente trabalho, o próximo passo será enten<strong>de</strong>r <strong>mais</strong> <strong>de</strong>talhes<br />
sobre os diferentes modos <strong>de</strong> governar dos Governadores e vice-reis enviados <strong>de</strong> Portugal, em<br />
contraste com as rusgas e tensões promovidas pela elite administrativa erradicada Brasil Colonial,<br />
especialmente no século XVII.<br />
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