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Lourenço de Brito Correa: o sujeito mais perverso e escandaloso ...

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tratamento específico, neles encontramos outras informações sobre <strong>Lourenço</strong> como doações feitas à<br />

irmanda<strong>de</strong> e sua posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na hierarquia <strong>de</strong>sta confraria.<br />

Obras como História Trágico-Marítima, <strong>de</strong> Bernardo Gomes <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> (1688-1759); Nova<br />

Lusitânia ou História da Guerra Brazílica, <strong>de</strong> Francisco <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> Freyre ( 1675); o Castrioto<br />

Lusitano ou História da guerra entre Brasil e a Hollanda durante os annos <strong>de</strong> 1624 a 1654, <strong>de</strong><br />

Raphael <strong>de</strong> Jesus e a História da América Portuguesa, <strong>de</strong> Sebastião da Rocha Pita, foram trabalhos<br />

produzidos no século XVII que forneceram informações fundamentais para conhecer o<br />

protagonismo <strong>de</strong> <strong>Lourenço</strong> <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> <strong>Correa</strong> durante as guerras <strong>de</strong> reconquista do Nor<strong>de</strong>ste do Brasil,<br />

nestas obras encontrei registros <strong>de</strong> suas patentes militares e o roteiro <strong>de</strong> batalhas que travou, mas<br />

também percebi as relações políticas que este fidalgo construiu após o período <strong>de</strong> “guerra viva”<br />

contra a Holanda, seja na Bahia, seja no Reino.<br />

Frei Vicente do Salvador, Ignácio Accioli <strong>de</strong> Cerqueira e Silva, Fracisco Adolfo <strong>de</strong><br />

Varnhagen e Robert Southey são outros estudiosos que também registraram a presença <strong>de</strong> <strong>Lourenço</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Brito</strong> <strong>Correa</strong> na Bahia e <strong>de</strong>ram especial atenção à sua integração na Junta <strong>de</strong> Governo entre os<br />

anos <strong>de</strong> 1641 e 1642. O trabalho <strong>de</strong> Afonso Costa publicado na Revista do Instituto Histórico<br />

Geográfico do Brasil merece um <strong>de</strong>staque entre as fontes consultadas, este autor foi um dos<br />

primeiros a <strong>de</strong>dicar atenção especial à vida <strong>de</strong> <strong>Lourenço</strong> <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> <strong>Correa</strong> e sua trajetória política.<br />

No trabalho intitulado “Baianos <strong>de</strong> antanho (biografias)”, Costa também recorreu ao<br />

trabalho <strong>de</strong> genealogia feito por Jaboatão para elucidar a vinculação <strong>de</strong> <strong>Lourenço</strong> à família<br />

Caramuru, o autor enriqueceu seu estudo recorrendo a outros fundos documentais e apresentou a<br />

integração política <strong>de</strong> <strong>Lourenço</strong> no Brasil à luz <strong>de</strong> informações acessadas na Bahia e em Portugal.<br />

Contudo, este trabalho <strong>de</strong>ve ser lido à luz do seu tempo, Afonso Costa apresentou uma visão<br />

negativa e bastante parcial acerca <strong>de</strong> <strong>Lourenço</strong> e da sua carreira como funcionário régio. Apesar <strong>de</strong><br />

ter sido generoso ao ilustrar <strong>de</strong>talhes da presença e protagonismo <strong>de</strong>ste fidalgo no Brasil e no Reino,<br />

o autor omitiu a origem <strong>de</strong> algumas das informações sobre <strong>Lourenço</strong> e não fez referencia a outros<br />

aspectos da sua vida que tivemos acesso no <strong>de</strong>correr da pesquisa.<br />

Por fim, o trabalho <strong>de</strong> Felisbello Freire <strong>de</strong>ve ser ressaltado, a partir <strong>de</strong>le tive <strong>mais</strong><br />

informações sobre o fazen<strong>de</strong>iro <strong>Lourenço</strong> <strong>de</strong> <strong>Brito</strong> <strong>Correa</strong> e das terras que acumulou na Bahia por<br />

via da mercê régia, também pu<strong>de</strong> conhecer um pouco <strong>mais</strong> do universo jurídico da época e o<br />

interesse que <strong>Lourenço</strong> tinha pelas partes do recôncavo da Bahia banhadas pelo Rio Paraguaçu.<br />

Para alcançar a vida e a carreira política <strong>de</strong> D. Vasco Mascarenhas no Reino e no Ultramar<br />

foi preciso recorrer ao mesmo instrumental da genealogia, contudo, <strong>de</strong>parei-me com um corpo<br />

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