05.11.2012 Views

Roma e as sociedades - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

Roma e as sociedades - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

Roma e as sociedades - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

112<br />

no c<strong>as</strong>o latino, a educação no seio familiar e camponesa em sua essência. Devemos-nos lembrar que<br />

Terêncio situa-se no inicio d<strong>as</strong> aproximações entre a cultura grega e romana, vendo aquela como ruim para<br />

os jovens latinos. Mesmo n<strong>as</strong> du<strong>as</strong> cultur<strong>as</strong>, o teatro não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser um gran<strong>de</strong> espaço para <strong>as</strong><br />

discussões sobre o cotidiano seja <strong>da</strong> pólis ou <strong>da</strong> urbs.<br />

Por esta breve explanação, acreditamos ter <strong>de</strong>ixado claro alguns pontos acerca do alcance que <strong>as</strong><br />

idéi<strong>as</strong> educacionais greg<strong>as</strong> tiveram no ensino romano. O fim <strong>da</strong> educação latina era prático-social: a<br />

formação do agricultor, do ci<strong>da</strong>dão, do guerreiro. Os meios <strong>de</strong> instrução eram os exemplos, o treinamento<br />

ministrado pelo pai que fazia o filho participar <strong>de</strong> su<strong>as</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agrícol<strong>as</strong>, econômic<strong>as</strong>, polític<strong>as</strong>, militares e<br />

civis. Porém, essa tradição não impediu que paulatinamente a cultura helênica se infiltr<strong>as</strong>se na cultura latina.<br />

Demonstramos que foi um processo lento e gradual e que acabou por lançar b<strong>as</strong>es para o que hoje<br />

enten<strong>de</strong>mos como cultura e educação no mundo oci<strong>de</strong>ntal.<br />

Documentação:<br />

ARISTÓFANES. As Nuvens. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Grifo, 1976.<br />

ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário <strong>da</strong> Gama Kury. Br<strong>as</strong>ília: Editora Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Br<strong>as</strong>ília, 1997.<br />

PLATÃO. Diálogos Leis e Epínomis. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Pará,<br />

1980.<br />

PLUTARCO. Vid<strong>as</strong> Paralel<strong>as</strong>. Trad. Gilson César Cardoso. São Paulo:<br />

Paumape, 1991.<br />

TERÊNCIO, Os Dois Irmãos. Trad. W. <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros. Coimbra: I.N. <strong>de</strong> I. C., 1998.<br />

Bibliografia<br />

CAMBIANO, G. “Tornar-se Homem” In: VERNANT, J.P. (dir) O Homem Grego.<br />

CIRIBELLI, M. C. “A Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong> d<strong>as</strong> idéi<strong>as</strong> Pe<strong>da</strong>gógic<strong>as</strong> sobre a Juventu<strong>de</strong> <strong>Roma</strong>na na Comédia A<strong>de</strong>lfos <strong>de</strong><br />

Terêncio”. In: PHOÎNIX. Laboratório <strong>de</strong> História Antiga/ UFRJ. Ano XII – Rio <strong>de</strong> Janeiro: Maud Editora,<br />

2006.<br />

COULANGES, F. A Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2004.<br />

GALINO, Maria Ángeles. Historia <strong>de</strong> la educación: e<strong>da</strong><strong>de</strong>s Antigua y Media. 2.ed. Madrid: Gredos, 1973.<br />

GRIMAL, P. O Teatro Antigo. Lisboa: Edições 70, 1986.<br />

JAEGER, W. W. Pai<strong>de</strong>ía A Formação do Homem Grego. São Paulo: Martins Fontes, 1995.<br />

JONES, P.V. (org) O Mundo <strong>de</strong> Aten<strong>as</strong>: Uma introdução à cultura clássica ateniense. São Paulo: Martins<br />

Fontes, 1997.<br />

LIMA, A. C. “Vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Catão, <strong>de</strong> Plutarco – Apontamentos para o estudo <strong>da</strong> educação e cultura roman<strong>as</strong>”. In:<br />

Notandum. <strong>Núcleo</strong> Humani<strong>da</strong><strong>de</strong>s ESDC/ CEMOrOC-Feusp/ IJI – Porto: Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Porto, 2007, número<br />

15, pp. 33-44.<br />

LESSA, F.S. “Corpo e ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia em Aten<strong>as</strong> Clássica” In: THEML, N., BUSTAMANTE, R.M.C., LESSA, F. S.<br />

(org). Olhares do Corpo. Rio <strong>de</strong> Janeiro: MAUAD, 2003.<br />

MARCELINO, R. R. "Pai<strong>de</strong>ía, sofística e a nova formação do ci<strong>da</strong>dão ateniense no séc. V a.C." In: CANDIDO,<br />

M.R. & GOMES, J. R. P. II Fórum <strong>de</strong> Debates em História Antiga. Rio <strong>de</strong> Janeiro: NEA/<strong>UERJ</strong>,<br />

número 2, ano 2, 2002.<br />

MARROU, H.I. História <strong>da</strong> Educação na Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>. São Paulo: EPU, 1990.<br />

________. “Educação e retórica.” In: FINLEY, M.I. (org.) O Legado <strong>da</strong> Grécia: uma nova avaliação. Br<strong>as</strong>ília:<br />

Editora Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Br<strong>as</strong>ília, 1998.<br />

MOSSÉ, C. Dicionário <strong>da</strong> Civilização Grega. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 2004.<br />

SENNETT, R. Carne e Pedra. Rio <strong>de</strong> Janeiro/São Paulo: Record, 1997.<br />

VERNANT, J-P. As Origens do Pensamento Grego. São Paulo: DIFEL,1972.<br />

____________. (dir.). O Homem Grego. Lisboa: Ed. Presença, 1991.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!