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Roma e as sociedades - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

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Esse conjunto numismático d<strong>as</strong> elites além <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>monstrar como esse cosmopolitismo refletiu<br />

ao nível d<strong>as</strong> provínci<strong>as</strong>, como é o c<strong>as</strong>o <strong>da</strong> província <strong>da</strong> Ásia <strong>da</strong> qual a ilha <strong>de</strong> Lesbos faz parte. Nos permite<br />

perceber a preocupação <strong>de</strong> Antonino e d<strong>as</strong> elites greg<strong>as</strong> romanizad<strong>as</strong> em preservar e manter a centralização<br />

e a coesão do Império frente <strong>as</strong> possíveis ameaç<strong>as</strong> dos reinos orientais. Mytilene começa a produzir <strong>as</strong><br />

moed<strong>as</strong> que configuram essa nova i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. As moed<strong>as</strong> representam significados, mensagens, do emissor<br />

para seus receptores (CARLAN, 2000). Seguindo os <strong>da</strong>dos arqueológicos estu<strong>da</strong>dos por Labarre (1996),<br />

Lesbos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seus primórdios nos tempos homéricos foi um <strong>de</strong>stacado importador <strong>de</strong> grão e também um<br />

produtor e exportador <strong>de</strong> azeite e <strong>de</strong> vinho até os tempos <strong>da</strong> dominação dos romanos. Os mitilênios<br />

romanizados ao cunharem <strong>as</strong> moed<strong>as</strong> com a efígie com a simbologia imperial/aristocrática alia<strong>da</strong> à figura <strong>de</strong><br />

Safo organizam e constituem <strong>de</strong>ssa forma um lugar i<strong>de</strong>ntitário formulado por meio d<strong>as</strong> prátic<strong>as</strong> individuais e<br />

coletiv<strong>as</strong>. Lesbos sempre <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u para a sua sobrevivência mais d<strong>as</strong> alianç<strong>as</strong> para manter su<strong>as</strong> relações<br />

econômic<strong>as</strong> e, portanto, estabeleceu relações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> e <strong>de</strong> reciproci<strong>da</strong><strong>de</strong> com <strong>as</strong> mais divers<strong>as</strong> regiões<br />

do Mar Egeu.<br />

Not<strong>as</strong><br />

(1) http://www.lawrence.edu/<strong>de</strong>pt/art/buerger/essays/greekcoi6.html<br />

(2)A fiscalização monetária realiza<strong>da</strong> pelos monetales <strong>de</strong> tresviri foram sendo suprimid<strong>as</strong> completamente d<strong>as</strong><br />

moed<strong>as</strong>, no período <strong>de</strong> Augusto, que p<strong>as</strong>sará a partir <strong>de</strong> então ao controle dos escravos do imperador e <strong>de</strong><br />

homens livres.<br />

(3) Cesar adotou um costume <strong>da</strong> época <strong>de</strong> Alexandre e dos reis helenísticos cunhar moed<strong>as</strong> com autoretrato.<br />

As moed<strong>as</strong> mostram que Cesar, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morte, foi <strong>de</strong>ificado se tornando divus Julius, Julius “ divino<br />

“. Plutarco, em sua obra, Vid<strong>as</strong> Paralel<strong>as</strong> uniu os dois governantes por causa <strong>de</strong> seus feitos.<br />

(4) Garth R. Drewry Collection. Ex Cl<strong>as</strong>sical Numismatic Group 51 (15 September 1999), lot 877.<br />

(5) Por essa razão essa moe<strong>da</strong> mereceu um estudo que se encontra na obra RPC 2342.<br />

Documentação textual e especifica<br />

Antoninus Pius, por Julius Capitolinus. Scriptores Historiae Augustae. Traduzido por David Magie. Loeb<br />

Hadrian, por Aelius Spartianus. Scriptores Historiae Augustae. Traduzido por David Magie. Loeb<br />

Documentação geral e específica<br />

Bryant, E. The Reign of Antoninus Pius. Cambridge, 1895.<br />

Carlan, Cláudio Umpierre. Moe<strong>da</strong>, simbologia e propragan<strong>da</strong> em Constâncio II. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado.<br />

Niteroi: Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, 2000.<br />

Garth, R. Drewry Collection. in Ex Cl<strong>as</strong>sical Numismatic Group 51 (15 September 1999), lot 877.<br />

Garzetti, A. From Tiberius to the Antonines. translated by J.R. Foster. London, 1974.<br />

Gonçalves, A. T. M. “Os imperadores Severos e a aproximação com <strong>as</strong> imagens dos Antoninos”. In: Revista<br />

Mirabilia 3.<br />

Grant, M. The Antonines: The <strong>Roma</strong>n Empire in Transition. London, 1994.<br />

Grimal, P. A Civilização <strong>Roma</strong>na. Lisboa: Edições 70, 1988.<br />

Guy Labarre. Les cités <strong>de</strong> Lesbos aux époques hellénistique et impériale. Coleção <strong>de</strong> l’Institut d’Archéologie<br />

et d’Histoire <strong>de</strong> l’Antiquité, Université Lumière Lyon 2, Vol. 1. Limonest: Boccard, 1996.<br />

Richter. Portraits of the Greeks in: Cl<strong>as</strong>sical Review, 1894.<br />

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