06.01.2015 Views

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

por inferência racional a partir da observação e poder escolher<br />

quanto a adquirir tais crenças por meio de investigação racional,<br />

aquelas leis da natureza dev<strong>em</strong> incluir leis regen<strong>do</strong> propriedades que<br />

eles possam observar e as leis dev<strong>em</strong> ser suficient<strong>em</strong>ente simples<br />

para que as criaturas as entendam. 90<br />

O mun<strong>do</strong> físico, da forma como o experienciamos, serve aos interesses<br />

da criação exatamente nessa medida descrita acima. O seu funcionamento<br />

possibilita aos agentes o b<strong>em</strong> <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> adequa<strong>do</strong> e progressivo sobre<br />

as possíveis ações e os efeitos delas decorrentes. Esse aprendiza<strong>do</strong> depende<br />

desse mun<strong>do</strong> funcionan<strong>do</strong> com regularidade e múltiplas possibilidades para<br />

que o agente possa expandir suas crenças a partir da observação dessa<br />

diversidade de ações e efeitos que estão na própria natureza.<br />

Compreende-se assim que esse grande b<strong>em</strong> que o ser humano t<strong>em</strong><br />

impõe-lhe que se exponha a to<strong>do</strong> tipo de situações que contenham a condição<br />

necessária para se adquirir e aumentar esse conhecimento <strong>em</strong> todas as áreas,<br />

sobretu<strong>do</strong>, no que se refere à sua consciência moral.<br />

2.2. A permissão <strong>do</strong> <strong>mal</strong> moral como condição <strong>do</strong> livre-arbítrio<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio de que um cria<strong>do</strong>r perfeitamente bom age na<br />

intenção de promover aquilo que seja bom, deduz-se que sua criação será<br />

provida de toda sorte de coisas e situações que torn<strong>em</strong> viável a realização <strong>do</strong>s<br />

bons propósitos <strong>do</strong> cria<strong>do</strong>r.<br />

Todas as coisas existentes neste mun<strong>do</strong> dev<strong>em</strong> cumprir tal finalidade,<br />

seja os pensamentos e os sentimentos <strong>do</strong> hom<strong>em</strong> ou mesmo a natureza <strong>em</strong><br />

sua ord<strong>em</strong> cósmica. O hom<strong>em</strong> precisa estar <strong>em</strong> condições de cumprir tais<br />

propósitos. Essas condições diz<strong>em</strong> respeito à sua racionalidade e a um<br />

90 “If they are to be able to perform mediated actions—that is, their basic actions are<br />

intentionally to have distant effects (including which ones move th<strong>em</strong> into parts of a wider<br />

region), and distant events are to have basically perceptible effects—the spatial world must be<br />

governed by laws of nature. And, if creatures are not simply to have true beliefs about what<br />

these effects are, but to learn by rational inference from observation and to have a choice of<br />

whether to acquire such beliefs by rational inquiry, those laws of nature must include laws<br />

governing properties that they can observe, and the laws must be sufficiently simple for<br />

creatures to understand.” (SWINBURNE, R. The existence of God. 2004.pp. 125-126).<br />

106

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!