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o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

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Essa explicação considera que a verdade é alcançada <strong>em</strong> graus e que a<br />

justificação da crença implica que as razões invocadas <strong>em</strong> seu favor garantam<br />

uma probabilidade maior que outras.<br />

Para Swinburne, a melhor fórmula para capturar as condições de<br />

probabilidade de uma hipótese “é uma forma tradicional de cálculo de<br />

probabilidades, usa<strong>do</strong> como cálculo da probabilidade indutiva” (SWINBURNE,<br />

R. 2001.p.103)<br />

Da<strong>do</strong> que o interesse é medir quão provável uma hipótese previamente<br />

assumida é e de que forma razões (contingentes ou de fun<strong>do</strong>) pod<strong>em</strong> ser<br />

relacionadas ao nível dessa probabilidade, Swinburne propõe uma leitura<br />

axiomática desses critérios que pode ser feita a partir <strong>do</strong> teor<strong>em</strong>a de Bayes,<br />

assim formula<strong>do</strong>:<br />

Pe ( / hk . )<br />

Ph ( / ek . ) = × Ph ( / k)<br />

Pe ( / k)<br />

Este teor<strong>em</strong>a é váli<strong>do</strong>, independent<strong>em</strong>ente <strong>do</strong> que sejam h, e e k.<br />

Mas, para estes fins, h será usa<strong>do</strong> para representar uma hipótese<br />

explicativa: e geralmente representa novos da<strong>do</strong>s mais diretos ou<br />

observáveis: k nor<strong>mal</strong>mente representa nossas razões de fun<strong>do</strong>, no<br />

senti<strong>do</strong> de nossas convicções muito gerais sobre o mun<strong>do</strong>, dadas<br />

como certas quan<strong>do</strong> da investigação de e. 46<br />

A compreensão <strong>do</strong> teor<strong>em</strong>a pode ser mais claramente alcançada pela<br />

explicação a seguir:<br />

P(h/e.k) (lê-se "a probabilidade de h da<strong>do</strong> e e k") é o valor a que se<br />

quer chegar. Quanto maior a probabilidade posterior de uma<br />

hipótese, mais confirmada ela é pelos da<strong>do</strong>s que foram considera<strong>do</strong>s<br />

para o seu teste. O poder explicativo de h é da<strong>do</strong> pela<br />

verossimilhança de h [P(e/h.k)] e o grau de expectativa de e [P(e/k)].<br />

Quanto maior for a verossimilhança de h, ou seja, quanto maior for a<br />

probabilidade <strong>do</strong> evento e <strong>em</strong> vista da hipótese h <strong>em</strong> questão<br />

(quanto mais explica<strong>do</strong> ficar e <strong>em</strong> vista de h), maior tenderá a ser a<br />

probabilidade posterior de h. Por outro la<strong>do</strong>, quanto menor for o grau<br />

de expectativa de e [P(e/k)], ou seja, quanto menos e ficar explica<strong>do</strong><br />

<strong>em</strong> vista <strong>do</strong> que já se conhece (k), maior tenderá a ser a<br />

probabilidade posterior de h. Por fim, a probabilidade prévia de h é o<br />

grau de plausibilidade da hipótese <strong>em</strong> vista <strong>do</strong> conhecimento já<br />

estabeleci<strong>do</strong>. 47<br />

46 “This theor<strong>em</strong> holds, whatever h, e, and k are. But, for present purposes, h will be taken to be<br />

an explanatory hypothesis: e usually represents new more direct or observational data: k<br />

usually represents our background evidence in the sense of our very general evidence about<br />

the world, taken for granted when investigating e.”(SWINBURNE, Richard. Epist<strong>em</strong>ic<br />

Justification. Oxford:. Claren<strong>do</strong>n Press, 2001, pp.103-104).<br />

47 PORTUGAL, Agnal<strong>do</strong> C. Richard versus Richard, In. A Questão de Deus na História da<br />

Filosofia.Vol I. Coordenação Maria Leonor L. O. Xavier. Editora Zéfiro, Sintra, Portugal.<br />

2008, p. 380.<br />

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