06.01.2015 Views

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

estreita relação com a nossa incapacidade de saber claramente o que pode<br />

resultar de nossas escolhas.<br />

Viver <strong>em</strong> um mun<strong>do</strong> <strong>em</strong> que há possibilidade de errar s<strong>em</strong> medida faz<br />

com que nossas escolhas tenham verdadeiro senti<strong>do</strong> de ser<strong>em</strong> livres na real<br />

extensão <strong>do</strong> conceito.<br />

2.2.2 - Livre escolha e responsabilidades<br />

Ainda refletin<strong>do</strong> sobre o ser livre, há algo que dev<strong>em</strong>os tomar como<br />

relevante, pois v<strong>em</strong> realçar a dimensão das livres escolhas. Trata-se da<br />

responsabilidade que os agentes livres têm sobre o resulta<strong>do</strong> de suas ações.<br />

Uma responsabilidade que não é dada, mas que surge a partir das exigências<br />

que se impõ<strong>em</strong> para qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> o direito de escolha.<br />

Considerar as escolhas, nos r<strong>em</strong>ete automaticamente ao real efeito que<br />

essas pod<strong>em</strong> ter sobre nós e os que nos cercam. Isso é um fato que<br />

acompanha qualquer agente livre <strong>em</strong> seu cotidiano, a consciência de que, ao<br />

fazermos escolhas que julgamos significativas, estamos colocan<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />

evidência o nosso juízo moral. Um tipo de juízo que, por sua caracterização,<br />

deve ser aprendi<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong> progressivamente por homens e<br />

sociedades.<br />

O direito de levar a termo nossas escolhas nos faz de início refletir sobre<br />

o que é melhor: poder ou não fazer escolhas. Parece que a razão nos conduz à<br />

primeira opção: é melhor poder fazer escolhas. Entre as muitas escolhas ao<br />

longo da vida, Swinburne adverte-nos para aquela que é uma escolha inicial e<br />

que indica o que esperamos dessa vida:<br />

Portanto uma importante escolha que cada um de nós t<strong>em</strong> de fazer a<br />

respeito de nosso futuro, é a de tentar ou não adquirir conhecimento<br />

tanto factual quanto moral. 95<br />

Ao escolher adquirir e desenvolver esses conhecimentos, o ser humano<br />

se vê designa<strong>do</strong> a passar pelas oportunidades de vivências e de execução de<br />

95 “So an important choice which we each of us have with respect to our own future is the choice<br />

of whether or not to try to acquire knowledge, factual and moral.” (SWINBURNE, Richard,<br />

Providence and the Probl<strong>em</strong> of Evil, Claren<strong>do</strong>n Press, Oxford.1998.p.141).<br />

111

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!