06.01.2015 Views

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>do</strong> que as hipóteses concorrentes. Confrontada com várias hipóteses, a sua<br />

probabilidade não deverá ser necessariamente maior <strong>do</strong> que 0,5. Basta que<br />

seja maior <strong>do</strong> que a probabilidade de qualquer a de qualquer uma das<br />

hipóteses que a contradiz<strong>em</strong>. À medida que novas razões for<strong>em</strong> apresentadas,<br />

quanto mais próximo de 0 for a probabilidade das hipóteses contrárias, maior<br />

será a probabilidade de sua verdade. 50<br />

A probabilidade lógica resulta da aplicação <strong>do</strong>s critérios que determinam<br />

como os da<strong>do</strong>s ou as razões disponíveis fornec<strong>em</strong> graus diferentes de<br />

justificação a diferentes teorias que se propõ<strong>em</strong> explicar a ocorrência desse<br />

fenômeno. O interesse no uso desses critérios não está <strong>em</strong> desconhecer o<br />

universo de hipóteses levantadas para explicar o fenômeno, mas <strong>em</strong> permitir<br />

concluir qual hipótese é mais provável à luz das razões disponíveis.<br />

1.4.2. A crença justificada conta com a hipótese mais provável<br />

Outro fato que faz uma crença estar justificada nessa teoria<br />

epist<strong>em</strong>ológica é quan<strong>do</strong> ela é mais provável <strong>do</strong> que não. Chega-se a essa<br />

conclusão com base nas considerações <strong>em</strong> torno das provas que são<br />

esperadas e geram bons argumentos a favor da hipótese ou da sua negação.<br />

Os argumentos a favor da hipótese surg<strong>em</strong> <strong>do</strong> tipo de implicação que há<br />

entre a proposição que a exprime e as razões que a ela se associam. Essa<br />

implicação é conseguida se houver um argumento dedutivo que vincule as<br />

razões aduzidas à proposição. Esse vínculo pode indicar que a evidência<br />

resultante da análise da proposição acarretou sua negação e por isso sua<br />

probabilidade de ser verdadeira é zero.<br />

50 Swinburne nos explica esta relação da seguinte forma: “So the addition of new data can only<br />

either leave the probability of the data on the hypothesis unchanged or decrease it. P(e 1 & e 2 |<br />

h & k) ≤ P(e 1 | h & k). Now, for each new piece of evidence e 2 , there will be some rival to h<br />

that entails not-e 2 (that is, that predicts that with a probability of 1). For example, suppose h is<br />

‘all ravens are black’, and e 1 is ‘a, b, c, and d are ravens, and a is black, and b is black and c is<br />

black’, e 2 is ‘d is black’. P(e 1 & e 2 | h & k) = P(e 1 | h & k) and has some value between 0 and<br />

1. But there are many hypotheses inconsistent with h that entail that d is not black. For these<br />

hypotheses h n P(e 1 & e 2 | h n & k) = 0. More generally, the more data there are entailed by h,<br />

the more data there will be ruled out (or rendered improbable) by rival hypotheses, and so the<br />

s<strong>mal</strong>ler will be P(e | k) and so the larger will be P(h | e & k). Of course, many such rivals may be<br />

very ‘implausible’ and what that amounts to is that their prior probability is low (P(h n | k) is low).<br />

In that case, the additional evidence will not make much difference.” (SWINBURNE, Richard.<br />

Epist<strong>em</strong>ic Justification. Oxford:. Claren<strong>do</strong>n Press, 2001, p.106)<br />

55

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!