06.01.2015 Views

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2.3.2.1.1. Tipos de explicação, a explicação cientifica.<br />

Para muitos fenômenos, suas causas são encontradas na própria<br />

natureza ou <strong>em</strong> outros fenômenos que lhes estão próximos. Quan<strong>do</strong><br />

descobrimos as causas que se associam ao fenômeno nor<strong>mal</strong>mente o faz<strong>em</strong>os<br />

utilizan<strong>do</strong> critérios científicos. Ora, essa é uma maneira adequada de<br />

interpretar os fenômenos. Pod<strong>em</strong>os concluir que o padrão de explicação<br />

cientifica é váli<strong>do</strong> nesses casos, ainda que <strong>em</strong> algumas situações ele atinja<br />

êxito apenas de maneira parcial na explicação <strong>do</strong> fenômeno.<br />

Vamos entenden<strong>do</strong> que a explicação cientifica é condicionada pela<br />

relação entre lei e condições iniciais. Esse principio postula que as leis pod<strong>em</strong><br />

ser mais ou menos fundamentais.<br />

Para Swinburne, o que t<strong>em</strong> prevaleci<strong>do</strong> <strong>em</strong> termos de concepção da<br />

natureza é uma visão determinística, na qual a explicação cientifica refere-se<br />

aos casos de probabilidade física, ou seja, nos quais a chance de o fenômeno<br />

ser o que é está entre 1 e 0.<br />

Para maior clareza, Swinburne propõe que as leis da natureza possam<br />

ser descritas nos seguintes termos:<br />

O mo<strong>do</strong> pelo qual isso é nor<strong>mal</strong>mente desenvolvi<strong>do</strong> é o que<br />

pod<strong>em</strong>os chamar de descrição das leis da natureza <strong>em</strong> termos de<br />

substâncias, poderes e tendências (S-P-T). Os “objetos” ( “o que”)<br />

que causam são substâncias individuais – este planeta, estas<br />

moléculas de água. Eles causam efeitos <strong>em</strong> virtude de seus poderes<br />

de agir assim e de suas tendências (determinísticas ou<br />

probabilísticas) para exercer esses poderes sob certas condições,<br />

<strong>em</strong> geral quan<strong>do</strong> leva<strong>do</strong>s a agir assim por outras substancias.<br />

Poderes e tendências (o “porquê”) estão, então, entre as<br />

propriedades das substâncias. Leis da natureza são, pois,<br />

propriamente regularidades – não da mera sucessão espaçot<strong>em</strong>poral<br />

(como para Hume) – mas regularidades nos poderes<br />

causais (manifestos e não manifestos) de substancias de vários<br />

tipos. 66<br />

66 “The way in which this is nor<strong>mal</strong>ly developed is what we may call the substances-powersand-liabilities<br />

(S–P–L) account of laws of nature. The ‘objects’ (the ‘what’) that cause are<br />

individual substances—this planet, those molecules of water. They cause effects in virtue of<br />

their powers to <strong>do</strong> so and their liabilities (deterministic or probabilistic) to exercise those powers<br />

under certain conditions, often when caused to <strong>do</strong> so by other substances. Powers and<br />

liabilities (the ‘why’) are thus among the properties of substances. Laws of nature are then just<br />

regularities—not of mere spatio-t<strong>em</strong>poral succession (as with Hume), but regularities in the<br />

causal powers (manifested and unmanifested) of substances of various kinds.” (SWINBURNE,<br />

Richard. The Existence of God, second edition. Oxford. Claren<strong>do</strong>n Press. 2004, p. 33).<br />

76

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!