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o teísmo e o problema do mal em richard swinburne - FaJe

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acompanham nesse mun<strong>do</strong>. Como vimos é uma hipótese que não é superada<br />

pelas suas rivais, pois o teísmo se coloca como mais simples e <strong>em</strong> condições<br />

de dar as causas para os fenômenos que postulamos ser<strong>em</strong> causa<strong>do</strong>s por um<br />

agente intencional.<br />

Concluímos, então, que essa hipótese é admitida pelo seu poder<br />

explicativo. A existência de Deus pressuposta nesses termos é uma verdade<br />

contingente. Não se trata de afirmar a priori ”Deus existe”, mas de, a partir da<br />

existência <strong>em</strong> geral das coisas e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s eventos que pod<strong>em</strong>os<br />

conhecer, concluir que o poder explicativo da hipótese teísta é alto<br />

comparativamente falan<strong>do</strong>.<br />

Como exposto no primeiro tópico desse capítulo, a inferência <strong>do</strong>s<br />

argumentos C-indutivos aqui assumi<strong>do</strong>s como provas da hipótese <strong>do</strong> teísmo,<br />

pode ser aceita se considerarmos um fenômeno mais geral como, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

a existência <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> físico.<br />

A probabilidade <strong>em</strong> vista das razões disponíveis nesse caso deve ser<br />

reconhecida se os argumentos estão sen<strong>do</strong> leva<strong>do</strong>s <strong>em</strong> conta de forma<br />

cumulativa. Para Swinburne, a maior parte <strong>do</strong>s argumentos <strong>em</strong> favor da<br />

existência de Deus é <strong>do</strong> tipo C-indutivo, de mo<strong>do</strong> que, se to<strong>do</strong>s os argumentos<br />

que se relacionam com a hipótese for<strong>em</strong> toma<strong>do</strong>s <strong>em</strong> seu conjunto, a hipótese<br />

que Deus existe terá num argumento P-indutivo, um argumento <strong>em</strong> seu favor.<br />

E se este argumento for forte indicará que a probabilidade da hipótese pode ser<br />

maior que ½ (P (p) >0,5) e por isso deve ser assumida como uma hipótese mais<br />

provável que sua contraditória. Logo é uma hipótese verdadeira.<br />

V<strong>em</strong>os que há uma forte relação entre as razões alegadas e o tipo de<br />

argumento que dá probabilidade à hipótese. Mas há argumentos <strong>do</strong> tipo C-<br />

indutivo que pod<strong>em</strong> diminuir a probabilidade da hipótese. Um evento deste<br />

mun<strong>do</strong> que não pode ser esqueci<strong>do</strong> e que t<strong>em</strong> esse efeito sobre a hipótese<br />

teísta é o <strong>mal</strong>. Reconhecen<strong>do</strong> esta circunstância, Swinburne procura justificar<br />

por que esse fato não diminui o grau de probabilidade da hipótese e dedica-se<br />

a explicar como o <strong>mal</strong> deve ser entendi<strong>do</strong> no conjunto da criação. Destacamos<br />

a seguir <strong>em</strong> nosso trabalho essas duas tarefas teóricas <strong>do</strong> pensa<strong>do</strong>r britânico.<br />

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