Estudos de Demanda Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro
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para aquela viagem), as aplicações mais comuns <strong>de</strong>sta meto<strong>do</strong>logia utilizam as respostas <strong>do</strong>s<br />
consumi<strong>do</strong>res a cenários hipotéticos, ou preferência <strong>de</strong>clarada 1 .<br />
Há duas razões principais para a utilização <strong>de</strong> cenários hipotéticos ao invés <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />
reais. Primeiro, a estimação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los que prevejam o impacto na <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />
mudanças ocorridas na configuração <strong>de</strong> uma oferta/alternativa requer um nível <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong><br />
nos da<strong>do</strong>s que raramente é encontra<strong>do</strong> em situações na vida real (por exemplo, a tarifa <strong>do</strong> metrô<br />
não varia muito frequentemente, e quan<strong>do</strong> ela varia, a mudança po<strong>de</strong> não ser significativa o<br />
suficiente para satisfazer os requerimentos da análise).<br />
Segun<strong>do</strong> a mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> escolha discreta é frequentemente utilizada para avaliar o impacto <strong>de</strong><br />
mudanças inéditas nas alternativas disponíveis no merca<strong>do</strong> (por exemplo, construção <strong>de</strong> uma<br />
linha <strong>de</strong> metrô numa região on<strong>de</strong> só o transporte por ônibus era ofereci<strong>do</strong>). Assim, da<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
preferência revelada sobre o comportamento <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res/usuários em resposta a essas<br />
mudanças não estão disponíveis – eles precisam ser gera<strong>do</strong>s. Como este é o contexto <strong>do</strong><br />
presente estu<strong>do</strong>, optou-se pela utilização <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s por preferência <strong>de</strong>clarada, para a<br />
estimativa da <strong>de</strong>manda pela <strong>Linha</strong> 4 <strong>do</strong> metrô.<br />
Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> escolhas discretas utilizan<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>clarada envolve a<br />
apresentação ao consumi<strong>do</strong>r <strong>de</strong> cenários hipotéticos, nos quais o produto ou serviço em questão<br />
é <strong>de</strong>scrito como uma combinação <strong>de</strong> atributos (por exemplo para uma rota <strong>de</strong> transporte público,<br />
atributos utiliza<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>screver as características <strong>de</strong> cada alternativa incluiriam tempo <strong>de</strong><br />
viagem, custo, número <strong>de</strong> transbor<strong>do</strong>s, probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lugar senta<strong>do</strong>, etc.). Esses cenários<br />
variam <strong>de</strong> uma maneira controlada, em função <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho experimental.<br />
O objetivo <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r em cada cenário é escolher a alternativa que melhor aten<strong>de</strong> às suas<br />
necessida<strong>de</strong>s, da<strong>do</strong> o contexto <strong>de</strong> escolha proposto. As escolhas feitas nesses cenários<br />
hipotéticos, assim como da<strong>do</strong>s específicos <strong>de</strong> cada consumi<strong>do</strong>r, são utilizadas para estimar um<br />
mo<strong>de</strong>lo econométrico que permite ao analista <strong>de</strong>terminar, entre outros fatores, o valor oferta<strong>do</strong> a<br />
cada atributo <strong>do</strong> produto ou serviço, e o impacto que mudanças na configuração <strong>do</strong>s atributos têm<br />
na <strong>de</strong>manda pelo produto ou serviço.<br />
1 Louviere, J., Hensher, D. and Swait, J. Stated Choice Methods: Analysis and Applications. In Marketing,<br />
Transportation and Environmental Valuation. Cambrdige: Cambridge University Press, 2001; para uma <strong>de</strong>talhada<br />
explicação sobre a teoria e prática <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>clarada.<br />
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