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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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104se deva destacar que esse estudo tenha identificado que apenas um grupopequeno de firmas era mais intensivamente usuário das práticas de TQM).Ao analisar a experiência norte-americana, Weinstein e Kochan (1995, p.16) destacam que a introdução de novos sistemas de recursos humanos emfirmas da indústria tem sido acompanhada, com certa freqüência, por iniciativasno sentido de aumentar a segurança no emprego dos trabalhadores blue-collar.Não obstante, esses autores também argumentam que garantir maior segurançapara o core da força de <strong>trabalho</strong> tem sido possível apenas com o uso crescentede trabalhadores temporários, bem como tem se mostrado difícil para inúmerasfirmas manterem esse tipo de compromisso no longo prazo. Tais aspectossugerem inúmeras inquietações quanto à consistência das estratégias adotadasnaquele país referentes à busca de maior eficiência produtiva com o uso dasnovas práticas de emprego. É para o questionamento de alguns desses aspectosque se voltará a próxima subseção deste <strong>trabalho</strong>.3.1.3 - As novas práticas de emprego nos Estados Unidos:mudança e/ou continuidade?Como foi visto na subseção anterior deste <strong>trabalho</strong>, uma série de aspectosque caracteriza o ambiente no qual a economia norte-americana está inseridadesde meados da década de 70 vem suscitando mudanças nas práticas deemprego observadas naquele país. Tais mudanças representam, em algumamedida, um afastamento das práticas observadas no período da Golden Age,pois incluem novos elementos relativos à organização e à gestão da força de<strong>trabalho</strong>, bem como às formas de remuneração dos trabalhadores. Não obstante,considera-se que vários aspectos mantêm em aberto a consistência dessasmudanças, constituindo-se em elementos limitadores à adoção de práticas deemprego favoráveis à busca de maior eficiência produtiva naquele país.O primeiro aspecto que chama atenção é que o ambiente no qual sãosuscitadas as mudanças nos Estados Unidos apresenta inúmeros elementosestruturalmente desfavoráveis ao êxito da sua implementação. Dessa forma,como já foi feito referência anteriormente, durante toda a década de 80 a economianorte-americana foi conduzida por uma agenda de políticas de orientaçãoconservadora, cuja lógica colidia com os compromissos sociais gestados edesenvolvidos durante o período da Golden Age. Em tal ambiente, no qual sãodebilitadas as garantias oferecidas aos trabalhadores em termos de políticassociais, identifica-se uma limitação muito clara à inserção dos mesmos de umaforma mais comprometida com o processo produtivo.

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