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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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com a lógica da produção em massa, os trabalhadores são tratadoscomo partes substituíveis. Por definir os postos de <strong>trabalho</strong>estreitamente e fazer cada um deles de fácil aprendizado, a indústriaamericana perseguia a flexibilidade através da intercambialidade dostrabalhadores com qualificações [skills] e experiência limitadas aoinvés do cultivo de trabalhadores multiqualificados. Os empregadospoderiam ser contratados e demitidos com a expansão e a retraçãodo ciclo de negócios sem muita perda de eficiência. O resultado foium estreitamento progressivo da responsabilidade do trabalhador e atendência para a administração tratar os trabalhadores como um custoa ser controlado, não como um ativo a ser desenvolvido” (Dertouzos;Lester; Solow, 1990, p. 83).Não obstante esses aspectos limitadores, uma série de pesquisas sugeremque estão ocorrendo mudanças nas práticas de emprego, nos Estados Unidos,cuja profundidade, abrangência e durabilidade se encontram em discussão(Kochan; Katz; Mckersie, 1989; Cappelli; Rogovsky, 1994; Osterman, 1994a;1994b; Bassi, 1995; Kling, 1995; Macduffie, 1995; Parks, 1995; Weinstein;Kochan, 1995; Castro, 1996; Marsden, 1996). Nesse sentido, uma vez mais,conforme é relatado no estudo da <strong>competitividade</strong> da indústria norte-americanaelaborado pelo MIT,“Firmas em indústrias tão diferentes quanto as de computadores eequipamentos de escritório, automóveis, aço e aeroespacial têmintroduzido políticas inovativas de recursos humanos que promovemparticipação, <strong>trabalho</strong> em equipe, confiança, flexibilidade, segurançano emprego e uma repartição do risco econômico. As companhias,ao adotarem as novas políticas, incluem algumas nas quais ossindicatos têm uma importante expressão [voice]. Um elemento-chaveda reviravolta bem sucedida da Ford foi sua decisão de envolver maisos empregados nos negócios da companhia e repartir mais informaçãocom os trabalhadores e os líderes sindicais. Em paralelo, a companhianegociava novos acordos com a United Auto Workers, que introduziramparticipação nos lucros e provisões para segurança noemprego, protegendo os postos de <strong>trabalho</strong> e rendas dos trabalhadoresseniors afetados pela mudança tecnológica, fechamento de plantas,decisões para ter o <strong>trabalho</strong> realizado em outro lugar e outras açõesde reestruturação da corporação” (Dertouzos; Lester; Solow, 1990, p.125).Segundo o estudo de Osterman (1994a), vem se desenvolvendo, nosEstados Unidos, a compreensão de que novas formas de organização do <strong>trabalho</strong>e de gestão da força de <strong>trabalho</strong> são potencialmente indutoras do crescimento95

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