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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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125decorrência, um baixo turn over, existem fatores que debilitam a segurança dostrabalhadores no emprego, naquele país.Não obstante esses aspectos que fragilizam as relações de <strong>trabalho</strong>, algunsestudos afirmam que o processo de ajustamento da economia japonesano período pós-crise do petróleo aponta mais no sentido da continuidade dascaracterísticas básicas das práticas de emprego daquele país gestadas no Pós--Guerra. No que se refere à permanência no emprego, as empresas adotaramdiversas estratégias para evitar as demissões, dentre as quais pode-se destacara transferência dos trabalhadores para outras plantas no âmbito de uma mesmafirma ou a reciclagem da força de <strong>trabalho</strong> (Osawa, 1993, p. 178). Quanto àsnegociações entre firmas e trabalhadores, a esse respeito um estudo sobre aindústria do aço indica os seguintes aspectos (Nakamura; Nitta, 1995, p. 342):os sindicatos, dentro de certos limites, não fazem oposição à transferência depessoal em face do processo de reestruturação; eles se posicionam, fazendosugestões em aspectos como o retreinamento, os critérios de seleção do pessoale medidas compensatórias em termos de renda para os trabalhadorestransferidos. Assim, para que sejam mantidas relações de confiabilidade noprocesso de realocação da força de <strong>trabalho</strong>, é fundamental a consulta comanterioridade aos sindicatos.Sintetizando sua avaliação a respeito das mudanças nas práticas de empregojaponesas nos anos 70 e 80, Nakamura e Nitta (1995, p. 342-343) sugerem aspectosque indicam a permanência das principais características gestadas em décadasanteriores. Esses autores elencam os seguintes pontos: as transferências depessoal serviram como um elemento que legitimava a permanência da prática deemprego vitalício; o processo de ajustamento do emprego contribuiu para oaprofundamento do envolvimento dos trabalhadores nas decisões empresariais; eas iniciativas de trabalhadores e da gerência condicionavam o resultado das negociaçõessobre o ajustamento do emprego, observando-se uma certa diversidade deformas de como é tratada essa questão pelas diferentes empresas.3.3 - Considerações finaisNeste terceiro capítulo da tese, foram apresentadas as principais característicasdas práticas de emprego norte-americanas e japonesas, procurando-sepagamento por afastamento é zero. Em termos comparativos, o número de meses correspondentesà comunicação da demissão é de 4,5 na Alemanha; por sua vez, o pagamento porafastamento para trabalhadores com mais de 20 anos de serviço corresponde a 18 mesesde <strong>trabalho</strong> na Itália.

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