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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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ação da versão final dos desenhos — inclusive, reduzindo a necessidade derealização de várias versões preliminares e incompletas dos mesmos —; (b) noque se refere à economia de peças e materiais, uma firma obteve, através daotimização do projeto, uma redução de 50% no número de partes de uma máquina;outra firma conseguiu, com a utilização do CAD, uma redução de 50% noconsumo da prata, em um processo de produção em que essa matéria-primacorrespondia a 30% dos custos diretos; por último, um usuário de placas demetal obteve, uma vez mais com o CAD, uma redução de 40% para 26% emsuas perdas, o que equivalia à sua despesa anual total com salários; e (c) váriasfirmas identificaram, com a utilização do CAD, uma redução na necessidade enos custos de fabricação de protótipos — por exemplo, uma firma incorreu emuma despesa de US$ 100 mil na construção de um instrumento eletrônico parauma aeronave, o qual não coube em seu cockpit, tornando necessário um novoprojeto, o que poderia ter sido evitado pela utilização de um CAD adequadodesde o início do processo.451.3 - As novas formas de automação e seusefeitos sobre as escalas: aspectos de umacontrovérsiaUm aspecto que tem sido debatido com certa recorrência a respeito doimpacto da adoção das novas <strong>tecnologias</strong> relaciona-se com os seus possíveisefeitos sobre as escalas. Muito dessa discussão se originou do <strong>trabalho</strong> dePiore e Sabel (1984), em função de esses autores terem identificado um regimeeconômico, denominado de especialização flexível e centrado na aglomeraçãode pequenas empresas, como uma possível alternativa para a superação dacrise que atingiu as economias capitalistas desde os anos 70. 5Inicialmente, é necessário explicitar de que maneira aqui interferem asnovas <strong>tecnologias</strong>. Piore e Sabel (1984, p. 258-263) procuram demonstrar queas novas <strong>tecnologias</strong> se constituiriam em uma espécie de precondição para quea especialização flexível se tornasse viável como trajetória tecnológica. Assim,as novas formas de automação, na medida em que são programáveis e incorporamcerto grau de flexibilidade aos equipamentos, tornam economicamente efi-5Deve-se ressaltar que Piore e Sabel (1984, p. 265-268) tratam de quatro variantes deespecialização flexível; portanto, a aglomeração de pequenas empresas é apenas uma dasformas que a especialização flexível pode assumir.

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