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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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52escalas em termos de tamanho das plantas, Alcorta (1994, p. 763) argumentaque“Em suma, as novas <strong>tecnologias</strong> parecem ser mais rápidas, eficientese confiáveis, e podem estar aptas a operar por longas horas,expandindo, dessa forma, a capacidade. Além disso, por reduziremos tempos de set-up e expandirem a variedade, as novas <strong>tecnologias</strong>admitem o aumento no produto total da planta mesmo após aseconomias de escopo reforçarem as economias de escala no nível daplanta”.No que se refere ao impacto das novas <strong>tecnologias</strong> sobre as escalas noâmbito da firma, diversos aspectos contidos no estudo de Alcorta (1994,p. 763) estão a sugerir efeitos no sentido de aumentá-las. Isso decorre, basicamente,da percepção de que as novas formas de automação demandam maioresgastos em capacitação tecnológica e marketing, os quais, para serem amortizados,conduzem as firmas a uma elevação de suas escalas de produção.Atendo-se aos custos com o desenvolvimento de novos produtos, o fato deas novas formas de automação terem reduzido os seus ciclos de vida faz comque se tornem necessários, por parte das firmas, esforços redobrados paraacelerar o ritmo de sua criação, com isso minimizando a subutilização da capacidadeprodutiva (Alcorta, 1994, p. 763). Por outro lado, na medida em que aflexibilidade passa a se constituir em um parâmetro nuclear dos processosconcorrenciais, o esforço permanente de renovação da pauta de produção dasfirmas torna-se um aspecto crucial para garantir suas posições nos mercados.Quanto aos requerimentos em termos de tecnologia de processo, podemser elencados diversos pontos para os quais as novas formas de automaçãodemonstram exigências renovadas (Alcorta, 1994, p. 763-764). Os esforços podemser localizados, por exemplo, no <strong>trabalho</strong> demandado para colocar emoperação as novas <strong>tecnologias</strong>, o qual compreende iniciativas em termos deinstalação dos novos equipamentos e de mudanças na própria organização daprodução — nesse sentido, o processo de pré-instalação de um sistema defabricação flexível pode requerer um <strong>trabalho</strong> de mais de um ano para minimizarfuturas falhas e erros. São também demandados consideráveis esforços para aintegração entre as esferas de projeto e manufatura, os quais exigem elevadosinvestimentos por parte das firmas. A esse respeito, um ponto crítico está ligadoà programação, pois desta depende a interligação entre os diferentes tipos deequipamentos que estão sendo instalados, o que exige um processo decapacitação permanente por parte das firmas nessa área.Tais observações parecem estar em consonância com os resultados doestudo de Kelley e Brooks (1991, p. 120) sobre a adoção da automação

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