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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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122reduzir a rotatividade no emprego, pois tal prática é reconhecida como um doselementos que definem sua posição no processo competitivo.Sugere-se que, em perspectiva analítica semelhante, se podem encontraros fundamentos econômicos do engajamento dos trabalhadores com as práticasassociadas aos CCQ. Conforme o estudo de Watanabe (1991, p. 214-216), oque mobiliza o envolvimento dos trabalhadores com a atividade dos CCQ é ummóvel de natureza econômica, o qual se expressa na permanência no emprego,na possibilidade de ascensão funcional na empresa por meio de promoções eem um sistema de remuneração da força de <strong>trabalho</strong> de caráter igualitário.Conforme a compreensão aqui proposta, esse conjunto de práticas deemprego contribuiu para a constituição de um novo padrão de eficiência produtiva,a partir dos anos 70, nas economias capitalistas. Com a crise do regime deacumulação fordista, do sistema de produção em massa e das práticas deemprego que o mesmo encerrava, o modelo japonês de relações de <strong>trabalho</strong>vem ocupar um lugar de destaque no cenário internacional. Em certo sentido, aexperiência japonesa estaria demonstrando uma melhor capacidade de adaptaçãoao ambiente econômico, que, a partir de então, se caracteriza por maiorinstabilidade nos mercados e por novas exigências que são colocadas para asfirmas em termos de <strong>competitividade</strong>.3.2.3 - A experiência japonesa de práticas de emprego:algumas indagaçõesEsta subseção tem o propósito de problematizar alguns aspectos daspráticas de emprego japonesas. Pretende-se, com isso, apontar algumascaracterísticas das relações de <strong>trabalho</strong> desse país no Pós Segunda GuerraMundial que podem limitar o caráter progressivo que se considera estar contidoem diversos elementos de sua experiência, bem como mostrar quais têm sidoas alternativas buscadas pela sociedade japonesa para superá-los.O primeiro aspecto a destacar refere-se à dualidade ou segmentação domercado de <strong>trabalho</strong> no Japão. Conforme é reconhecido em inúmeros estudos,a força de <strong>trabalho</strong> nesse país encontra-se segmentada de diferentes maneiras(Kumazawa; Yamada, 1989; Aoki, 1990a; Leborgne; Lipietz, 1990; Osawa, 1993).Como já foi mencionado anteriormente, a prática de emprego vitalício observadana grande firma industrial japonesa é restrita aos seus trabalhadores permanentesde sexo masculino, não sendo, portanto, aplicada ao contingente de trabalhadoresque estas empregam em caráter temporário e, de modo geral, aos

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