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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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168e isso faz com que se tenham opções e os custos caiam. Nós temosmuito menos opções aqui”.Essas limitações da estrutura de oferta doméstica de partes e componentespodem também ser apreendidas com base na experiência da Firma 3. Essaempresa possui um elevado grau de integração vertical devido à percepção deque os fornecedores locais podem não dar respostas adequadas às suas demandas.Nesse sentido, um dos diretores da Firma 3 relatou que“Nós fabricamos desde os moldes para os componentes até amontagem total do equipamento. Nós achamos que o mercado noBrasil para este tipo de coisa não está maduro, não se pode sairatrás de subfornecedores. A gente até pode vir a subcontratar afabricação de equipamentos, desde que saiba e possa fabricar eles aqualquer momento. Porque os subfornecedores, na medida em quetambém não há uma grande escala, vão procurar outras oportunidades.Então, daqui a pouco, o eixo que está sendo fornecido por um dólar,passa a dez dólares e tu fica na mão do subfornecedor”.Essa compreensão é confirmada por outras referências a carências dosfornecedores domésticos de partes e componentes associadas a preços, qualidadee prazos de entrega, conforme depoimentos obtidos junto às Firmas 1, 7 e8. Conforme um dos gerentes da Firma 1, isto deve-se“[a um] (...) aculturamento da indústria brasileira. Nós temos que nosacostumar a fazer um produto com preço competitivo, boa qualidadee entregue no prazo. Isto é uma coisa que toda a indústria estáaprendendo, [pois] nós nunca vivemos em uma economia aberta”.5.3 - As práticas de capacitação das firmasde automação industrialEsta seção tem como propósito caracterizar as práticas de capacitaçãodas empresas, pois se reconhece que estas condicionam sobremaneira a suaperformance. Conforme abordagem proposta neste estudo, tais práticas encontram-sedecompostas em duas dimensões, quais sejam, a tecnológica e a produtiva.44O tratamento dessa temática tem como referências analíticas os <strong>trabalho</strong>s de Lall (1992), Belle Pavitt (1993) e Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1995, p. 14-17).

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