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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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109do <strong>trabalho</strong>, os quais representam uma ruptura com as práticas dominantes noregime de acumulação fordista. Ou seja, a difusão do <strong>trabalho</strong> organizado sob aforma de equipes, os círculos de qualidade, as iniciativas em termos de educaçãoe treinamento da força de <strong>trabalho</strong>, conjugadas a novas formas de remuneração,mais associadas ao desempenho individual do que aos métodos de barganhacoletiva ou às regras de antigüidade, indicam o afastamento das práticasde emprego norte-americanas do período da Golden Age. Por outro lado, a ausênciade segurança no emprego, a intensidade de supervisão, bem como apermanência de um caráter conflitivo nas relações capital-<strong>trabalho</strong> mostram queas novas práticas de emprego também trazem consigo elementos de continuidadecom o período passado.3.2 - O caso japonêsEsta segunda seção tem como objetivo descrever e analisar sucintamenteas práticas de emprego desenvolvidas no Japão, no Pós Segunda Guerra Mundial.Com esse propósito, ela se encontra organizada da seguinte forma: asubseção 3.2.1 apresenta as características básicas das práticas de empregojaponesas; por sua vez, a subseção 3.2.2 procura fundamentar a hipótese deque as práticas de emprego japonesas foram relevantes para a constituição deum novo padrão de eficiência produtiva no contexto internacional, a partir dosanos 70; finalmente, a subseção 3.2.3 problematiza alguns aspectos das práticasde emprego japonesas, evidenciando suas fragilidades, bem como a formacomo estas têm sido enfrentadas pela sociedade japonesa.3.2.1 - As práticas de emprego japonesas:características básicasA performance econômica do Japão nas últimas décadas vem-se destacandono contexto internacional, pois esse país passou da condição de nação poucodesenvolvida no imediato Pós-Segunda Guerra Mundial à de país dos maisavançados do ponto de vista industrial e tecnológico no presente (Fajnzylber,1988; 1991; Pilat, 1993). Esse fato acabou por suscitar grande interesse emconhecer, com profundidade, a experiência japonesa, na medida em que a mesmapode encerrar alguns ensinamentos em relação à busca da melhoria deperformance por parte de outros países em geral e das nações em patamarmenos avançado de industrialização em particular.

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