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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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70técnicas anteriormente não exigidas. Como decorrência, amplia-se a responsabilidadedo operário, pois qualquer falha no sistema sob seu comando implicariaperdas mais substantivas. Adicionalmente, ao liberar o operário de algumastarefas convencionais, a automação pode lhe exigir novas atribuições, como,por exemplo, aquelas relativas ao set-up das máquinas e à sua inspeção. Emface desses aspectos, a automação pode conduzir a um aumento do requerimentoresponsabilidade que compõe a qualificação da força de <strong>trabalho</strong>.Bright (1958, p. 94-97) elabora também aspectos relativos às habilidadesdemandadas em postos de <strong>trabalho</strong> gerados pelo processo de automação, masque não estão diretamente ligados à produção. Dentre estes, são destacadosos conhecimentos técnicos de engenharia e matemática necessários à programaçãode máquinas-ferramenta com controle numérico (MFCN), os quais levariamà constituição de um posto de <strong>trabalho</strong> cujas competências poderiam setornar nucleares à automação. No que se refere à manutenção, é destacada anecessidade de retreinamento do pessoal de manutenção elétrica, pois dessesoperários passa-se a demandar conhecimentos em uma área de crescente importância,qual seja, a de eletrônica.Todavia a importância dessas exigências não deve ser sobredimensionada,pois elas se referem a um contingente da força de <strong>trabalho</strong> que tem peso poucosignificativo no emprego total. Em face dessa percepção, Bright (1958, p. 97)considera que sua análise conduz à conclusão de que“(...) a automação não necessariamente resulta em um upgradinglíquido em maior extensão dos requerimentos de habilidades da forçade <strong>trabalho</strong>. De fato, a automação freqüentemente tende a reduzir ahabilidade e o treinamento requeridos da força de <strong>trabalho</strong>”.2.2.2 - As novas formas de automação, os requerimentosde habilidades da força de <strong>trabalho</strong> e as ocupaçõesNo estudo da relação entre as novas formas de automação e o conteúdodo <strong>trabalho</strong>, deve-se ressaltar preliminarmente que a abordagem aqui desenvolvidanão se constitui em uma interpretação determinista do papel da mudançatecnológica. Assim, a incorporação das NTs pode conduzir, dentro de certo limites,a diferentes resultados em termos de conteúdo dos postos de <strong>trabalho</strong>,pois estes são condicionados pelo ambiente social no qual são introduzidas asmudanças (Schmitz, 1985; Shaiken, 1985; Kelley, 1990).O propósito básico desta subseção é o de cotejar os resultados de algumaspesquisas a respeito dos efeitos da automação industrial de basemicroeletrônica com as tendências esboçadas por Bright (1958) das habilida-

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