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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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171sem mais focados em sua linha dominante de produtos, o que fazia com quesuas frentes de <strong>trabalho</strong> fossem menos dispersas. 6Também atinente à evolução do esforço tecnológico, é interessante destacaruma dualidade no comportamento da Firma 3. Assim, quanto aos gastos emP&D, o depoimento obtido em campo foi o de que estes tinham uma tendênciaà constância. Por sua vez, quando se mensura o esforço tecnológico pelo pessoalalocado em atividades de desenvolvimento, o estudo de campo aponta apossibilidade de que tenha havido uma fragilização de suas práticas. Dessemodo, um dos diretores dessa empresa afirmou que:“[Em um contexto passado de expansão econômica] a gente tinhaum corpo de P&D maior, podia se dar ao luxo de pesquisar em maiornúmero de áreas, as pessoas que trabalhavam nas equipes estavamsomente focadas em um produto e não conheciam o outro. Hoje agente já compartilha mais. Por exemplo, um determinado engenheiropode trabalhar um determinado tempo em um projeto, mas, diante deuma emergência, uma oportunidade, uma circunstância especial, essemesmo engenheiro pode ter que dedicar horas, às vezes a totalidadedo tempo em um outro projeto, assim, de repente. Então, hoje issose faz com mais freqüência que se fazia antigamente”.Em uma perspectiva semelhante, um dos diretores da Firma 9 relatou que“(...) há 10 anos atrás, tínhamos uma equipe muito maior de desenvolvimento deproduto, e isto mudou”. Nesses termos, quando se utiliza o pessoal alocado ematividades de desenvolvimento como medida de esforço tecnológico, no casodas Firmas 3 e 9, pode-se questionar a afirmação de uma constância do comprometimentocom o processo de capacitação tecnológica. 75.3.2 - Capacitação produtivaA pesquisa de campo permitiu avançar o entendimento sobre o processode capacitação produtiva das empresas de automação industrial. Esse tópico éde particular interesse, na medida em que havia uma lacuna empírica nocapítulo anterior deste <strong>trabalho</strong>, pois os dados do Departamento de Política de6De acordo com o depoimento de um de seus diretores, a Firma 4 teria interesse — mas,talvez, não condições econômicas — de possuir mais engenheiros alocados em atividadesde desenvolvimento.7Sobre a redução do pessoal alocado em atividades de desenvolvimento nas empresas deautomação industrial, no período pós-reserva de mercado, ver também Copeliovitch (1993)Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1995, cap. 6) e Tigre (1995), bem como as evidênciascontidas no Capítulo 4 deste <strong>trabalho</strong>.

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