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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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car melhorias nos próprios projetos que estão sendo implementados. No casoinglês, a abordagem dominante tem sido no sentido de tornar redundantes ashabilidades da força de <strong>trabalho</strong> por meio do uso de máquinas sofisticadas ecaras.As pesquisas de Kelley (1989; 1990) são também representativas da compreensãonão determinista dos efeitos das novas formas de automação sobre o<strong>trabalho</strong>, pois tal tema tem sido investigado em uma perspectiva que contemplaseus condicionantes não estritamente técnicos. No processo de difusão daautomação programável na indústria norte-americana, Kelley (1989, p. 237-238)identifica três alternativas de organização das tarefas de programação, quaissejam, o taylorismo estrito, o controle partilhado e uma forma de organizaçãoem que o controle se centra no trabalhador. Na primeira dessas alternativas — otaylorismo estrito —, as tarefas de programação são centralizadas pela administração,sendo as mesmas atribuição exclusiva de especialistas e engenheiros;na segunda, a programação das tarefas é descentralizada, sendo suaresponsabilidade partilhada entre trabalhadores do chão-de-fábrica e especialistas;finalmente, na terceira alternativa, as tarefas de programação são integralmentetransferidas aos trabalhadores.De acordo com o estudo, as três formas de organização do <strong>trabalho</strong> estãopresentes entre os usuários de equipamentos de automação programável naindústria dos Estados Unidos (Kelley, 1989, p. 239). Conforme pode-se observarna Tabela 2.3, em termos de plantas, o controle partilhado das tarefas de programaçãoé a forma de organização do <strong>trabalho</strong> mais representativa, correspondendoa 44,8% dos estabelecimentos; seguem-se as modalidades que têm as tarefasde programação centradas no trabalhador, com 31,2%, e o taylorismo estrito,com 24,0% dos estabelecimentos da amostra.No que se refere à distribuição do emprego total por formas de organizaçãodas tarefas de programação, as evidências do estudo são também sugestivas(Kelley, 1989, p. 239). Assim, 47,1% da força de <strong>trabalho</strong> estavam sob o taylorismoestrito; 41,%, sob o controle partilhado; e 11,8%, na modalidade em que astarefas se centram no trabalhador (Tabela 2.3). Quanto à força de <strong>trabalho</strong> quediretamente utiliza os equipamentos de automação programável, 44,4% estavamsob o controle partilhado das tarefas; 42,5%, sob o taylorismo estrito; eapenas 13,1%, na condição em que a programação se concentra integralmentenos trabalhadores.79

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