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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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199P&D/faturamento, com o que se sugere que, no caso em análise, o processo deglobalização se dá mais no âmbito comercial e produtivo do que no do desenvolvimentotecnológico.Não obstante o material de campo tenha apontado a manutenção doesforço tecnológico das firmas, expressa pela relação gastos em P&D//faturamento, quando se tomou uma medida alternativa — o pessoal alocadoem atividades de desenvolvimento —, foi possível identificar que algumas empresas,no período de abertura comercial, haviam reduzido a sua força de <strong>trabalho</strong>nessa área. Com isso, existem elementos que permitem indicar a fragilizaçãoem uma atividade nuclear ao padrão de concorrência do grupo industrial no qualse inserem as firmas de automação industrial.O estudo de campo evidenciou que o processo de automação dos produtoreslocais é limitado, de modo geral, por seu porte e escalas. Como alternativaa essa dificuldade, parte das empresas tem procurado terceirizar a montagemde placas de circuito impresso para firmas especialistas nesse tipo de atividade.Deve-se destacar que a unidade de produção da firma estrangeira que fez partedo estudo conseguiu internalizar essa modalidade de automação, o que lhe foiviável economicamente por estar integrada a um grupo empresarial que ocupaposição de liderança no mercado internacional.A pesquisa de campo corroborou a percepção de que houve avanço noprocesso de capacitação produtiva ao longo dos anos 90. Tal avanço pode serapreendido através da adoção de atividades de qualidade relativas a processos,produtos e fornecedores na quase-totalidade das empresas estudadas. Assim,oito das 11 firmas estudadas haviam obtido certificados da série ISO 9000 durantea década de 90. Essa evidência reforça a percepção de que, no contextode abertura comercial, aspectos associados à qualidade passaram a fazer parteda norma de concorrência que baliza a conduta das firmas de automaçãoindustrial.Quanto à problemática do <strong>trabalho</strong> nas firmas de automação industrial,os aspectos a seguir emergiram do estudo de campo. No que diz respeito àcomposição do emprego, foi confirmada a constatação que havia sido feita noCapítulo 4, quando foram analisados os dados secundários sobre o segmentoindustrial em foco. Assim, as firmas de automação industrial possuem umaforça de <strong>trabalho</strong> com características claramente distintas daquelas da indústriade transformação como um todo, pois é nelas muito elevado o contingente detrabalhadores com escolaridade superior e ocupado em atividades de naturezatécnica. Nesses termos, confirmou-se a compreensão de que tais empresassão intensivas em conhecimento.Essa constatação remete para um aspecto interessante, qual seja, o danatureza do <strong>trabalho</strong> em uma indústria de base tecnológica. Nesse sentido, as

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