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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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40elementos de longo prazo da conduta da firma, como as decisões de investir emequipamentos, <strong>trabalho</strong> e organização da produção. É também destacada aexistência de uma espécie de trade-off entre essas duas formas de flexibilidade,na medida em que o aumento de uma delas pode reduzir a outra."(...) uma planta pode investir em uma cara manufatura flexível, quedá a ela flexibilidade de resposta na medida em que o investimento éprojetado para permitir uma rápida mudança de produtos. Todavia, eleé projetado somente para trabalhar circunscrito a uma família deprodutos, o que efetivamente restringe a flexibilidade de alcance.Em termos de um amplo portfólio de produtos, o investimento podemesmo tornar a firma menos flexível, porque o alcance geral daflexibilidade é reduzido." (Bessant, 1991, p. 81).Esses diferentes tipos de flexibilidade associados à automação de basemicroeletrônica têm sido fundamentais para que as firmas possam enfrentar osdesafios colocados pelos novos parâmetros presentes nos processos competitivos.A possibilidade de programação aberta pelos novos equipamentos tornoujustificáveis investimentos que, sob condições de maior incerteza e de instabilidadeda demanda observadas desde os anos 70, não teriam sido factíveis quandoreferidos à automação de base eletromecânica. O atributo da flexibilidadedas novas formas de automação contribuiu para que esse fluxo de investimentosem capital fixo se tornasse não só economicamente viável, mas tambémrelevante para que as firmas pudessem ter em sua conduta uma maior aderênciaaos aspectos centrais contidos nas novas normas de concorrência, quaissejam, as economias de escopo, a possibilidade de produzir de formacustomizada, de ocupar nichos de mercado e de responder mais rapidamente àdemanda.Conforme Coriat (1992, p. 126-128), a flexibilidade associada às novasformas de automação permite que se gestem vantagens dinâmicas quando desua adoção. Tais vantagens dinâmicas estão relacionadas com a possibilidadecolocada pelas novas <strong>tecnologias</strong> de ajustamento do ciclo de vida dos produtos,com isso favorecendo uma renovação mais rápida dos modelos sem necessariamenterequerer novos investimentos, o que não era factível quando se utilizavammáquinas dedicadas. Assim, torna-se possível uma economia de capital fixo,sendo a magnitude da mesma dimensionada pelo quanto as máquinas podemser recicladas, pelo seu ritmo de obsolescência e pela alteração nos modelos.Esses aspectos são particularmente relevantes em um ambiente no qual oaumento da incerteza sobre o comportamento dos mercados, bem como quantoà duração do ciclo de vida dos produtos, fragiliza a posição de uma firma quedecida investir em equipamentos dedicados (Coriat, 1992, p. 13-136). Em talcontexto, a flexibilidade das novas <strong>tecnologias</strong> proporciona às firmas, no

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