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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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172Informática e Automação do Governo Federal referentes a esse tipo de atividadelimitavam-se ao ano de 1990. Assim, o estudo de campo viabilizou que seobtivessem algumas evidências atualizadas sobre as práticas de capacitaçãoprodutiva nas empresas.Automação da produçãoNeste estudo, procurou-se abordar se estava sendo implementada a automaçãoda produção nas empresas, assumindo-se que a adoção de novas <strong>tecnologias</strong>incide sobre sua <strong>competitividade</strong> (Edquist; Jacobsson, 1988; Tauile, 1988).A esse respeito, constata-se que o avanço do processo de automação daprodução nas empresas enfrenta um importante fator inibidor, qual seja, asescalas com as quais operam. No que se refere à montagem das placas decircuito impresso, com recorrência foi feita referência ao fato de que as escalasse mostram um óbice ao processo de incorporação da automação em sua baseprodutiva.A orientação da Firma 2 pode ser uma alternativa para enfrentar essa restrição.Assim, a montagem de placas de circuito impresso, por requerer investimentosem máquinas especializadas em técnicas de montagem de superfície,havia sido terceirizada — ao que tudo indica, para uma empresa concentradanesse tipo de atividade. Ou seja, a subcontratação de parte do processo produtivorevelou-se uma forma de superar as limitações colocadas ao avanço doprocesso de automação e de melhoria de sua base produtiva. 8Tal orientação é semelhante àquela observada na Firma 4. Para superar asdificuldades da adoção da automação em face das escalas produtivas, odepoimento de um dos diretores dessa empresa foi o de que“Essas máquinas [com tecnologia SMD — surface mount device]são muito eficientes. Elas montam de quatro a cinco mil componentespor hora. Em Porto Alegre, tem uma empresa que, a partir da semanaque vem, estará operando com uma máquina dessas. Como é umamáquina de alta eficiência (para nossa produção não justificaria termosuma, usaríamos dois dias por mês), então contrataremos serviços defora para esse tipo de montagem”.8É interessante perceber que essa orientação em termos de externalizar parte do processoprodutivo não é um caso isolado na experiência internacional da indústria de automação.Nesse sentido, Howard (1990, p. 96) faz menção à empresa FSM, localizada em Modena, naregião da Emília-Romana, na Itália. Essa firma atua no mercado de robótica para fabricaçãode motores a diesel, possuindo tão-somente 16 empregados. Ela está integrada a umanetwork de firmas locais que lhe fornecem partes e componentes, o que lhe tem permitidoser globalmente competitiva no nicho de mercado em que concentra suas atividades.

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