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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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4.3 - Problematizando a experiência brasileira naprodução de equipamentos de automaçãoindustrial153Esta seção se propõe a elaborar algumas questões que contribuam paraavaliar criticamente a experiência brasileira na produção de equipamentos deautomação industrial.Com esse propósito, pode-se iniciar a avaliação do processo de capacitaçãodo segmento de automação industrial com base no estudo de Copeliovitch (1993)sobre <strong>competitividade</strong>, realizado em 1992 (Quadro 4.3). Assim, quanto àcapacitação tecnológica, se esta for aferida com referência ao requisito atualização,apenas dois dos sete produtos que constam do Quadro 4.3 são consideradoscompetitivos. Por sua vez, no que diz respeito à capacitação produtiva,tomando-se como sua proxy a qualidade, a situação mostra-se mais favorável,pois cinco dos sete produtos evidenciavam ser competitivos. Em termos dedesempenho econômico, o preço no mercado interno mostrava-se satisfatóriono caso de quatro dos sete produtos. Por último, a capacitação em sentidoamplo evidenciava-se muito desfavorável, pois tão-somente um dos sete produtoscontidos no Quadro 4.3 — o transmissor digital — foi considerado competitivono âmbito internacional.Em face desta última constatação, seria pertinente discutir por que a estratégiaadotada no País não foi capaz de desenvolver um segmento produtor deequipamentos de automação industrial competitivo no âmbito internacional.Uma questão básica a esse respeito pode ser assim formulada: era aquelafase do ciclo de vida da tecnologia a mais adequada para uma nação semi--industrializada procurar qualificar-se para ingressar em seu desenvolvimento eprodução? A abordagem de Perez e Soete (1988) permite que se esbocemargumentos para responder, de forma tentativa, a essa questão. Conformeesses autores, os custos de entrada em uma tecnologia são basicamente quatro:(a) uma quantia mínima de investimento fixo requerida; (b) um nível mínimode vantagens locacionais; (c) conhecimentos científicos e tecnológicos adequados;e (d) qualificações e experiência relevantes.Seguindo sua argumentação, o ciclo de vida de uma tecnologia de produtopode ser dividido em quatro fases, sendo que, em cada uma delas, os custos deentrada se encontram em níveis bastante distintos. Assim, na fase I de difusãode uma tecnologia o nível de investimento fixo requerido é relativamente baixo,bem como as qualificações e experiência requeridas; por outro lado, as vantagenslocacionais e os conhecimentos científicos e tecnológicos exigidos encontram-seem seus níveis mais elevados. Por sua vez, a fase II evidencia,

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