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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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183especializada e horizontalizada no período recente, valendo-se, para tanto, daterceirização de seu processo produtivo. A experiência da Firma 7 também contribuipara confirmar esse entendimento. De acordo com um de seusdiretores, havia“(...) um quadro de pessoal fixo bem menor do que há dois anosatrás. Nós estamos contando com terceiros, terceirizando. Nósestamos tentando reduzir o nosso quadro fixo para as funções quesão realmente atividades-fim da empresa (...), para poder aumentar anossa produtividade, reduzir os nossos custos fixos, de maneira quepossamos aumentar a nossa <strong>competitividade</strong> no mercado (...)”.Deve-se ressaltar que as Firmas 3, 6 e 11 não mostravam orientação nosentido da especialização dos processos produtivos, pois nelas se identificoumaior integração vertical. No caso dessas empresas, reduções do nível de emprego— quando ocorreram — estavam mais associadas à retração da demandaprovocada pela crise do início dos anos 90. Quanto à Firma 11, esta mantinha,no início de 1998, o mesmo nível de emprego que possuía há 10anos atrás.No que se refere especificamente à área de engenharia, identificam-semudanças que também afetaram o volume de emprego das empresas. Na Firma5, por exemplo, o número de engenheiros que trabalhava em atividades de projetosna década de 80 era bem maior do que no presente. A incorporação dacomputação gráfica e de novos softwares havia permitido que as tarefas fossemrealizadas com um terço do pessoal que era necessário no passado, com resultadosàs vezes superiores em termos de qualidade; nesse caso, a racionalizaçãodo <strong>trabalho</strong> teria resultado da adoção de novas <strong>tecnologias</strong> pela empresa.Pode-se aqui avançar o entendimento de que tal mudança, ainda que com intensidadediferenciada, de modo geral ocorreu nas empresas que fizeram parte doestudo, com efeitos sobre o emprego e a produtividade do pessoal alocado naárea de engenharia.5.4.2 - A gestão da força de <strong>trabalho</strong>TreinamentoQuanto às atividades de treinamento da força de <strong>trabalho</strong>, a pesquisa decampo está a indicar que as empresas têm procurado, de modo geral, incrementá--las. Mesmo que se diferenciando em termos de formalização, ênfase e disponibilidadede recursos para nelas alocar, é inegável que alguma prática de treinamentoestá integrando o quotidiano das empresas em análise.

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