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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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158Deve-se ressaltar que a experiência internacional não exclui casos de êxitona produção de equipamentos de automação industrial em firmas localizadasem mercados de menor tamanho. Nos países escandinavos — e particularmentena Suécia —, há uma rica experiência a esse respeito, na qual as fontes devantagem competitiva se centram no design e no software, o que permite odesenvolvimento de equipamentos de forma customizada para os usuários danova tecnologia (Carlsson; Jacobsson, 1994; Cassiolato; Audretsch; Acts, 1992).Nesse sentido, esse tipo de estratégia consegue minorar a desvantagem competitivaderivada de economias de escala obtidas com a produção de equipamentospadronizados em grande volume.Por último, deve-se assinalar que eram muito adversas as condiçõesmacroeconômicas que estavam presentes no País quando se aproximava o finalda reserva de mercado de informática. Ou seja, os primeiros anos da década de90 foram caracterizados por uma profunda crise e pelo aguçamento da instabilidademacroeconômica, o que contribuiu para afetar o tamanho do mercado deautomação industrial e deteriorar alguns dos fatores que dão suporte à<strong>competitividade</strong> sistêmica da indústria local.4.4 - Considerações finaisNeste capítulo, buscou-se analisar a experiência brasileira na produção deequipamentos de automação industrial de base microeletrônica. Sob a reservade mercado de informática nos anos 80, na condição de indústria nascente, osegmento de automação industrial apresentou uma performance bastante significativaem termos de crescimento econômico. Quanto às práticas atinentes aoprocesso de capacitação, a evidência está a indicar que houve comprometimentodas firmas desse segmento industrial com a capacitação tecnológica e produtiva,com o que se iniciava um processo de aprendizado e acumulaçãotecnológica.Por sua vez, a crise ocorrida no início dos anos 90, o processo de aberturaeconômica e o final da reserva de mercado de informática incidiram de formaacentuada sobre a evolução do segmento de automação industrial. Nesse novoambiente, pode-se afirmar que houve uma fragilização das práticas de capacitaçãotecnológica, pois são reduzidos os gastos em P&D e o pessoal alocado nasatividades de desenvolvimento. Por outro lado, existem indícios de que teriamocorrido alguns avanços no que se refere às práticas associadas com o processode capacitação produtiva.Durante a primeira metade da década de 90, foi também observada umamudança na estrutura patrimonial do segmento de automação industrial, sendo

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