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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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200características do <strong>trabalho</strong> em firmas de automação industrial assemelham-sea atividades inseridas no Setor Terciário ou, mais especificamente, nos serviçosde informática e de software. Com base nessa percepção, pode constituir--se objeto de pesquisa futura o estudo da convergência da natureza do <strong>trabalho</strong>entre algumas atividades do setor industrial e do Terciário.De acordo com as evidências de campo, a gestão da força de <strong>trabalho</strong>nas firmas estudadas apresenta algumas características distintivas, pois osdepoimentos, com recorrência, atribuíam à força de <strong>trabalho</strong> o estatuto de principalativo das firmas. Como se fez menção no corpo do estudo, isso deve-se aque as empresas reconheciam estar nela depositado grande parte de seu know--how e de suas competências. Sugere-se que a composição do emprego e ascaracterísticas das ocupações nas firmas estudadas, na qual se destaca ocontingente de trabalhadores com escolaridade superior e envolvido comatividades técnicas, condiciona seu modo de gestão do <strong>trabalho</strong>.Tal modo de gestão dos recursos humanos também evidencia que existemaspectos que são específicos aos diferentes ramos industriais, em funçãodas características de sua força de <strong>trabalho</strong>. Nesses termos, pode-se avançar acompreensão de que uma orientação mais cooperativa, no que se refere àsrelações de <strong>trabalho</strong>, se constitui em uma característica genética de setores debase tecnológica.No que diz respeito à gestão da força de <strong>trabalho</strong>, o estudo de campoevidenciou que as firmas conferem importância à permanência da mão-de-obrano emprego. Não obstante, deve-se enfatizar que a força de <strong>trabalho</strong> das empresasé composta por diversos contingentes, quais sejam, o pessoal de desenvolvimentoe atividades técnicas, o ligado à produção e o da área administrativa.Assim, de acordo com a avaliação aqui defendida, é principalmente para aquelesalocados em desenvolvimento e atividades técnicas que se coloca maisclaramente a orientação à permanência no emprego. Isso se deve à percepçãode que o afastamento desse pessoal representa a perda de recursos humanosdos quais se derivam mais diretamente as fontes de vantagem competitiva dasempresas.Finalmente, quanto às restrições colocadas pelo ambiente em que seencontram inseridas as firmas de automação industrial, os instrumentos de políticaindustrial poderiam ter um papel relevante a cumprir na sua atenuação. Noque se refere ao processo de capacitação, a política industrial poderia ser focadano apoio ao esforço tecnológico das empresas e, em particular, daquelas queenfrentam dificuldades de desenvolvimento associadas ao seu porte pequeno.No âmbito da política industrial, uma orientação voltada à integração da cadeiaprodutiva dos fornecedores de partes e componentes do segmento industrial

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