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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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191Em termos de desenvolvimento tecnológico, o estudo de campo proporcionouevidências de que as Firmas 1, 2, 3, 6, 7 e 11 mantiveram o seu comprometimentocom o processo de capacitação tecnológica no período recente, quandose toma como medida de esforço tecnológico a relação gastos em P&D//faturamento. Assim, pode-se sugerir que essas firmas permaneceram maispróximas às práticas nucleares ao padrão de concorrência do grupo de indústriasdifusor do progresso técnico.Com orientação diversa, no que se refere ao processo de capacitaçãotecnológica, encontra-se a Firma 8. Com o final da reserva de mercado deinformática, o sócio estrangeiro na joint-venture original com uma empresa brasileirade capital nacional comprou seu controle acionário. Em face dessa mudança,a Firma 8 aplica localmente apenas 2% de seu faturamento em atividadesde P&D. Essa evidência permite problematizar o processo de internacionalizaçãoda indústria local de automação, pois as atividades de desenvolvimentotecnológico das firmas estrangeiras tendem a ficar concentradas em suas matrizes,em seus países de origem.No que diz respeito à outra medida de esforço tecnológico — o pessoalenvolvido em atividades de desenvolvimento —, as evidências mostram que houveredução do comprometimento das Firmas 4, 5 e 9, pois se contraiu a força de<strong>trabalho</strong> nelas alocada. Na medida em que se trata de uma área crítica emempresas de base tecnológica, essa evidência proporcionada pela pesquisa decampo sugere uma limitação à performance competitiva dessas empresas.Sobre este último aspecto, deve-se salientar a diversidade de comportamentosentre as empresas estudadas. Destaca-se aqui a conduta da Firma 11,que se caracteriza por uma orientação mais progressiva de desenvolvimentotecnológico. Conforme evidenciou a pesquisa de campo, essa empresa mantinhaseu nível de emprego constante na década de 90 não dando sinais deredução do pessoal alocado em atividades de desenvolvimento no período deabertura econômica. No final dos anos 90, a Firma 11 estava sendo, inclusive,contatada por outras empresas, com o propósito de cedência de tecnologiaatravés de licenciamento.Quanto às práticas de capacitação produtiva das empresas estudadas,pode-se afirmar que as evidências de campo foram suficientes para se identificarum avanço destas ao longo da década de 90. Em um contexto de aberturaeconômica, no qual novos parâmetros de <strong>competitividade</strong> foram postos pelarealidade aos produtores locais, tornou-se imprescindível a melhoria da suaeficiência produtiva. Adotando-se como proxy de capacitação produtiva as práticasde qualidade, a pesquisa de campo mostrou que oito das 11 empresasestudadas haviam obtido, em período recente, certificados da série ISO 9000.

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