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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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186Feita essa ressalva, as evidências proporcionadas pelo estudo de campopermitem afirmar que, de modo geral, as empresas reconhecem relevância namanutenção de sua força de <strong>trabalho</strong> no emprego. O material de campo dásuporte à compreensão de que, em um segmento produtivo de base tecnológica,a força de <strong>trabalho</strong> é considerada um dos principais — senão o principal — ativodas empresas. Em outras palavras, sendo o segmento de automação industrialintensivo em conhecimento, muito do know-how das empresas está contido naexperiência acumulada de sua força de <strong>trabalho</strong>. A esse respeito, o depoimentodo diretor da Firma 5 é exemplar:“Ela [a permanência na empresa] é fundamental para nós, porquenuma empresa de base tecnológica, o grande ativo que você tem estáem sua equipe de <strong>trabalho</strong>. É a equipe que detém o conhecimento, éa equipe que faz parte da memória da empresa, onde está depositadoo seu know-how. Em 1995, quando o setor atravessou uma crise muitogrande, essa crise repercutiu. A primeira decisão nossa foi de queninguém seria demitido. Custasse o que custasse, a integridade daequipe precisava ser mantida, e foi. É preciso manter essa equipe,pois no momento em que as coisas se recolocassem nos trilhos, quea situação se normalizasse, essa equipe teria que estar inteira paravoltar”.A partir dessa percepção de caráter mais geral sobre a permanência damão-de-obra no emprego, uma série de ponderações sobre a mesma se faznecessária. Assim, um dos aspectos a destacar está associado ao fato de aforça de <strong>trabalho</strong> das empresas encontrar-se distribuída em diversos contingentesde trabalhadores, sendo neles colocado, de forma diferenciada, o problemaora analisado. Pode-se avançar a idéia de que o pessoal alocado em atividadesde desenvolvimento constitui-se no core da força de <strong>trabalho</strong> das empresas deautomação industrial. É principalmente para essa área que estão voltadas asmaiores preocupações com a manutenção da mão-de-obra, pois nela residemos fatores que sustentam mais diretamente o processo de capacitaçãotecnológica das empresas.Quanto aos outros contingentes da força de <strong>trabalho</strong>, a pesquisa de campoindica que tal orientação é relativamente menos importante. Essa percepçãoencontra respaldo no fato de que, por um lado, nas demais ocupações nãoestão contidas as atividades nucleares das empresas; por outro, nas áreas queenglobam as ocupações ligadas à produção, como também as atividades denatureza administrativa, existem menores restrições em termos de oferta demão-de-obra nos mercados de <strong>trabalho</strong>. Em face desses aspectos, a orientaçãono sentido da manutenção da força de <strong>trabalho</strong> nessas ocupações é relati-

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