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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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Pianta, 1996). Ou seja, algumas atividades que possuem essas características,nas quais existe predominância de inovações de produto, podem constituir-seem áreas de expansão do emprego sob a nova base técnica, cujas conexõescom a indústria são essenciais.652.1.3 - Âmbito do impacto das inovações e dimensãotemporalNo estudo do impacto das NTs sobre o emprego, um recorte analítico útilconstitui-se em comparar os efeitos micro e macroeconômicos da difusão dasinovações. No âmbito microeconômico em sentido estrito, ou seja, em termosde firmas, é possível chegar-se a estimativas mais precisas e imediatas doimpacto das inovações sobre o emprego, pois a mensuração de tais efeitos seapresenta menos complexa — ainda que não possa ser considerada trivial.Nesse âmbito de análise, os estudos de caso mostram-se necessários àquantificação do volume de emprego que está sendo criado-destruído quando damudança tecnológica, bem como permitem identificar quais ocupações estãosendo mais atingidas pela incorporação do progresso técnico, dentre outrosaspectos.Nesse nível de análise, deve-se ressaltar que a incorporação do progressotécnico pode, também, ter efeitos mediatos sobre o volume de emprego de umafirma. Assim, se o crescimento da produtividade do <strong>trabalho</strong> suscitado pela inovaçãopode implicar, diretamente, destruição de postos de <strong>trabalho</strong> no interiorda firma, ao viabilizar a redução de custos e o aumento da eficiência produtiva,ele favorece uma melhoria da <strong>competitividade</strong>, estimulando, em tese, seu processode crescimento e, como decorrência, servindo como elemento a contra--arrestar a destruição de postos de <strong>trabalho</strong> em seu interior.Em uma análise desenvolvida em nível microeconômico, esse tipo de raciocínioé também uma forma de incorporar a dimensão temporal ao estudo doimpacto das inovações sobre o emprego. Ou seja, quando se procura elaboraressas relações dinamicamente, novos elementos são trazidos à tona e ganhamrelevância aspectos associados à trajetória tecnológica da firma em face daintrodução do progresso técnico. Essa linha de argumentação propõe uma interpretaçãoda incorporação do progresso técnico como uma dimensão nuclear doposicionamento da firma no processo competitivo, o que irá rebater de formamediata no emprego. Conforme argumentam Freeman e Soete (1987a, p. 47),“Em termos dinâmicos, a escolha de técnicas capital-intensivas,mesmo em países do Terceiro Mundo com custos do <strong>trabalho</strong> muitobaixos, é freqüentemente não tão irracional quanto parece, enquanto

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