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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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190Essa empresa também possui um programa de sugestões do qual osempregados são instados a participar, o que orienta algumas de suas decisões.Assim, percebe-se em sua experiência aspectos que favorecem o envolvimentode sua força de <strong>trabalho</strong> sem, todavia, excluir a presença de hierarquias.5.5 - Síntese conclusivaAs evidências proporcionadas pelo estudo de campo foram suficientes paraque se afirme que a estratégia predominante das empresas de automação industrialé a de ocupação de nichos de mercado. Em um contexto de aberturaeconômica, essa estratégia é a mais factível para os produtores locais, pois,assim, estes evitam concorrer com produtos padronizados das empresas estrangeiras,para os quais as economias de escala operam como fonte de desvantagemcompetitiva.Foi possível também identificar que as Firmas 8 e 10 incrementaram deforma substantiva as importações de equipamentos para revenda após o final dareserva de mercado. No caso dessas empresas, há elementos que caracterizamum processo de perda de uma orientação voltada à construção de capacidadeprodutiva doméstica.As evidências da pesquisa de campo indicam que as firmas locais vêmpassando por um processo de especialização, no sentido de que ocupam espaçosmais definidos de mercado. Contrastando com os anos 80, em que atuavamem frentes de <strong>trabalho</strong> mais dispersas, na década de 90 as empresas deautomação industrial concentraram-se em alguns produtos e mercados.De maneira correlata, foram observadas mudanças organizacionais emalgumas empresas cujo norte é a concentração em atividades de natureza estritamentetecnológica. Principalmente naquelas de porte relativamente menor,pode-se identificar uma tendência à externalização de parte do processo produtivo,retendo as empresas, para si, as atividades de engenharia ou de desenvolvimentode produtos.Não obstante, existem dúvidas se a experiência das firmas locais poderáencaminhar-se consistentemente nessa trajetória. Como foi evidenciado peloestudo de campo, identificam-se insuficiências na estrutura industrial do País,as quais fragilizam o desenvolvimento das cadeias produtivas e as sinergias porelas suscitadas. Adicionalmente, o tamanho do mercado interno também seconstitui em uma restrição à divisão do <strong>trabalho</strong> entre as empresas. Assim, atendência esboçada por algumas firmas de externalização de seu processoprodutivo pode encontrar limites objetivos na própria estrutura industrial do País.

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