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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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programável na indústria de transformação norte-americana, nos anos de 1986 e1987. Esses autores concluíram em sua pesquisa que as pequenas firmas têmuma menor probabilidade de introduzir as novas <strong>tecnologias</strong> por carecerem derecursos internos apropriados, bem como em função de trabalharem com escalascujo tamanho não torna factível a obtenção de sinergias derivadas do acessoa diferentes mercados e que se manifestam sob a forma de economias deescopo, as quais estão ao alcance das grandes firmas.Por sua vez, o <strong>trabalho</strong> de Alcorta (1994, p. 764) reconhece na indústria demáquinas-ferramenta, com a incorporação das novas <strong>tecnologias</strong>, um aumentodos custos com P&D e marketing associado a maiores escalas no âmbito dafirma. Até a década de 70, as firmas dessa indústria operavam em bases locaisou regionais com volumes de produção considerados pequenos, estando o seudesenvolvimento tecnológico concentrado nas áreas de mecânica e metalurgia.Diferentemente, nas décadas de 80 e 90, as partes eletroeletrônicas ganharampeso crescente na estrutura de custos das firmas do setor, as quais,concomitantemente, se tornaram importantes usuárias de sistemas CAD/CAM,de máquinas-ferramenta com CNC e de sistemas de manufatura flexíveis.De acordo com Alcorta (1994, p. 764-765), diversos aspectos contribuempara o aumento das escalas na indústria de máquinas-ferramenta. Dentreesses, podem-se destacar: (a) a existência de economias de escala significativasem termos de projeto/produção das partes eletrônicas do hardware e dosoftware para as unidades de CNC; (b) os produtores de máquinas-ferramentafreqüentemente são os primeiros a utilizar suas próprias inovações, o que requeriniciativas em termos de adaptação e modificação dos produtos, as quaisse expressam em um esforço intenso de aprendizagem enquanto usuários dasnovas <strong>tecnologias</strong>; e (c) na medida em que as novas <strong>tecnologias</strong> tornam factívelaumentar a variedade de produtos, tem-se incorrido em maiores gastos/custoscom marketing na indústria ora analisada. Observa-se, também, por um lado,em firmas que adotam uma estratégia de competição baseada nos custos, abusca de mercados em diversos países como forma de obter economias deescala; por outro, percebe-se que as firmas que adotam uma estratégiaconcorrencial baseada na diferenciação precisam destacar sua imagem, o querequer a prestação de serviços e a comunicação com os clientes através deredes de vendas, o que também tem impactos em termos de gastos e de requerimentosde escalas.Como decorrência desses argumentos a respeito do impacto das novasformas de automação no nível da firma, Alcorta (1994, p. 765) conclui que“Em resumo, a adoção das novas <strong>tecnologias</strong> pode criar algumaspressões para aumentar as escalas no nível da firma. Existem notáveis53

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