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Novas tecnologias, trabalho e competitividade

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28ao modelo taylorista de organização do <strong>trabalho</strong>, que se difundiu, desde asprimeiras décadas do século XX, dos Estados Unidos para outros países e continentes.A partir dos anos 70, todos esses elementos estruturais do paradigmatecnoeconômico até então dominante começaram a demonstrar suas debilidades.Passou-se a observar, nas economias capitalistas, um aumento da incertezae uma crescente instabilidade nos mercados, os quais pouco se coadunavamcom as características daquele padrão de desenvolvimento. De certa forma,pode-se constatar uma mudança nas normas de concorrência intercapitalista,as quais trazem consigo elementos qualitativamente novos para a determinaçãodo desempenho competitivo de firmas e indústrias. Esses elementos estão associadosa aspectos como a flexibilidade e a integração dos processos produtivos,as economias de escopo, a customização e a possibilidade de ocuparnichos de mercado nos processos concorrenciais.Este capítulo tem como objetivo geral fazer uma caracterização das<strong>tecnologias</strong> que contribuíram para o início da constituição de uma nova basetécnica nas economias capitalistas desde meados da década de 70. Como éreconhecido, grande parte da revolução tecnológica ora em curso está associadaà incorporação nos processos produtivos de novas formas de automaçãocom atributos qualitativamente distintos daqueles observados nos equipamentosoriundos da base técnica eletromecânica. Tendo por base essa referência, ocapítulo foi assim organizado: após esta introdução, na seção 1.1, procura-seesboçar o processo de evolução da automação rígida à flexível, apontando-se osaspectos que têm feito com que o desenvolvimento desta última represente umavanço em termos tecnoeconômicos relativamente à primeira; nessa seção,são também apresentados os principais equipamentos de automação flexível,bem como uma taxonomia de como em uma firma estes podem ser estruturados.Na seção 1.2, analisam-se os principais atributos da automação de basemicroeletrônica, quais sejam, a flexibilidade e a integração, destacando suasimplicações tecnoeconômicas para o desempenho competitivo de firmas e indústrias.Quanto à seção 1.3, nela se procura sistematizar os argumentos centraisa respeito de um tema bastante controverso, o dos impactos da adoçãodas novas formas de automação em termos de escalas; para tanto, faz-se umasíntese de alguns <strong>trabalho</strong>s que se julga representativos no tratamento dessaquestão. Por último, na seção final, são feitas, de forma breve, algumas consideraçõesadicionais sobre o conteúdo do capítulo.

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