O tratamento de uma gestante diabética baseia-se na manutenção rigorosa dos níveisglicêmicos, em torno de 100 mg/dl. A chave do controle dos níveis glicêmicos na gestantediabética é a individualização do tratamento. Este controle inclui a dieta com as restriçõescalóricas descritas e a utilização da insulinoterapia como coadjuvante no tratamento clínico. Ainsulina de escolha é a de ação lenta (NPH) que deve ter a sua dose fracionada. Na maioria doscasos, metade da dose no período da manhã, um quarto da dose no almoço e um quarto no jantar.A avaliação do bem estar fetal deve ser realizada com a contagem dos movimentos fetais,cardiotocografia e perfil biofísico fetal. A dopplerfluxometria só tem indicação nas diabéticas comvasculopatia grave. A ecografia obstétrica inicial deve ser realizada antes de 20 semanas e repetidaa cada 4 semanas até o final da gestação. A cardiotocografia será indicada diariamente nasgestantes internadas e duas vezes por semana nas acompanhadas em ambulatórios.O perfil biofísico fetal deve ser realizado nas pacientes em regime de constantehiperglicemia. A contagem do número de movimentos fetais deve ser realizada diariamente pelagestante. A avaliação é individual e a comparação é diária, sendo a diminuição do número demovimentos fetais considerada sinal de alerta quanto ao bem estar.A avaliação da maturidade fetal é feita pela amniocentese. O líquido amniótico deve seranalisado quanto à maturidade fetal, usando-se o teste do azul de Nilo (maturidade tegumentar) eos testes de maturidade pulmonar: teste de Clements, relação Lecitina/Esfingomielina (relaçãoL/E) e dosagem do fosfatidilglicerol. A maturidade pulmonar estará presente quando a relação L/Eestiver acima de 2, o teste de Clements for positivo no terceiro tubo e quando houver a presençado fosfatidilglicerol.100
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIOA infecção do trato urinário (ITU) na grávida constitui causa importante de morbidade. Asinfecções assintomáticas poderão tornar-se sintomáticas, estão associadas ao aborto, partoprematuro, baixo peso e são uma das principais causas de septicemia na gravidez. A presença daenfermidade renal crônica de base causa incremento da prematuridade, perdas fetais e préeclâmpsia.Assim, deve ser do conhecimento do obstetra o diagnóstico da infecção do tratourinário e seu seguimento até o 3 o mês após o parto.É do conhecimento de todo obstetra que as modificações anatômicas fisiológicas queocorrem no trato urinário, que predispõem à infecção, são decorrentes da maior açãoprogesterônica e da maior produção de prostaglandinas, que agem aumentando a complacênciavesical e reduzindo o tônus muscular ureteral e sua peristalse, levando ao aumento da freqüênciaurinária, à glicosúria, à formação do hidroureter e da hidronefrose fisiológica, principalmente àdireita.O microorganismo mais freqüente é a Escherichia coli. O antibiótico que deverá ser usadodeve levar em consideração a sua sensibilidade, reavaliando, sempre, o perfil em decorrência deeventuais evoluções de resistência de cepas decorrentes do uso indiscriminado de antibióticos.Várias bactérias produzem fosfolipase A2, que promove a formação de prostaglandinas E2 eF2 alfa que induzem o trabalho de parto.A incidência é variável (2 a 11%), dependendo do nível sócio-econômico, da paridade, dapresença de infecções genitais, diabetes, hipertensão arterial, anemia e dos hábitos higiênicos.BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICAConsiste na presença de 100.000 colônias/ml de um único germe, em urina de jato médio,sem que haja sintomas. Este fato decorre da multiplicação de agentes infecciosos na urina, semcomprometimento dos tecidos do trato urinário. A incidência gira em torno de 5%, sendo que1,2% a 2.5% a adquire antes da gravidez e percentual igual a adquire na gravidez. A maioria doscasos deverá ser detectada ao final do 1º e início do 2º trimestre, sugerindo que já existia antes doinício da gravidez.CISTITE AGUDAA cistite aguda caracteriza-se por sintomas como disúria, polaciúria, nictúria, dorsuprapúbica na micção e, às vezes, urgência miccional, por comprometimento do trigonovesical. Aparece mais no segundo trimestre da gravidez. Vaginites e inflamações101
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