são aquelas que estimam o volume através da mensuração da profundidade e/ou largura dascoleções de fluído. Consideramos existir oligoidramnia quando o resultado do índice de líquidoamniótico é inferior ou igual a 5,0 cm.Após confirmação da patologia faz-se obrigatório pesquisar as causas determinantes,especialmente a presença de anomalias fetais. Há de se destacar, entretanto, que a ausência ou aacentuada redução do volume âmnico dificultará, sobremaneira, o estudo ultra-sonográfico.Visando a melhoria das condições técnicas para realização do exame ecográfico, podemos optarpela amnioinfusão, com introdução, na cavidade amniótica, de solução salina fisiológica, até que ovolume de líquido intracavitário possa ser considerado normal. Depois de procedida aamnioinfusão poderá ser realizada, quando indicada, a cordocentese para obtenção de sangue fetalpara avaliação laboratorial, especialmente cariótipo.Afastada a presença de anomalias congênitas, destaque especial deverá ser dado à presençada restrição do crescimento intra-uterino e do sofrimento fetal pela hipoperfusão placentária.Torna-se obrigatório avaliar o crescimento fetal, clinicamente e ultra-sonograficamente, e acondição de oxigenação do concepto, através da cardiotocografia, do perfil biofísico fetal e dadopplerfluxometria. Há necessidade, também, de controlar as condições patológicas maternasassociadas à oligoidramnia, especialmente as síndromes hipertensivas e o tabagismo. Deve serlembrado que em várias oportunidades o ambiente extra-uterino poderá ser mais adequado que ointra-uterino, obrigando à resolução imediata da prenhez.Na parturição serão mais freqüentes o sofrimento fetal, devido à patologia de base ou acompressão do funículo, e o tocotraumatismo. A monitorização intraparto da vitalidade fetal érecomendada. Poderemos utilizar, também, a amnioinfusão para evitar a compressão do cordãoumbilical e diluir o líquido meconial, minimizando as chances de ocorrência da síndrome deaspiração meconial. Desta forma, aumentamos as probabilidades do parto ocorrer pela viatranspélvica, com diminuição do sofrimento fetal, das desacelerações variáveis à cardiotocografiae da síndrome de aspiração meconial.Embora tais medidas possam reduzir o número de partos abdominais, o índice de cesarianasserá elevado. Nos casos em que a vida extra-uterina não for possível, todo esforço deverá ser feitopara que o parto ocorra pela via vaginal.82
POLIDRÂMNIOA polidramnia tem sido arbitrariamente definida como o acúmulo de líquido amniótico emvolume superior a 2000 ml no momento da resolução da gravidez. Acredita-se que esteja presenteem 0,4% a 1,5% das gestações, embora sua freqüência possa ser influenciada pela definição e ométodo diagnóstico utilizados.Distingue-se uma forma aguda, quando seu aparecimento é rápido, por vezes com instalaçãoem tempo inferior a 24 horas e de ocorrência bastante rara, e outra crônica, com desenvolvimentomais lento no transcorrer da prenhez e mais freqüente no terceiro trimestre gestacional.Alia-se a algumas patologias, destacando-se o diabetes melito, as infecções congênitas (comosífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes), a doença hemolítica perinatal e agemelaridade. É também reconhecida sua relação com as anomalias congênitas fetais. Aceita-seser de aproximadamente 20% o percentual de conceptos acometidos por alterações morfológicasna presença da polidramnia. As principais são as que acometem o sistema nervoso central, o tratogastrointestinal, o coração e o sistema músculo esquelético.Em 7% dos casos o excesso de líquido amniótico está associado à hidropisia fetal, de origemimunológica ou não. A positividade do Coombs indireto aponta para a causa imunológica. Aalteração não-imunológica está relacionada à presença de infecções congênitas, anomaliascromossômicas e malformações estruturais, principalmente cardíacas.É também citada sua relação com as patologias placentárias, como os corioangiomas. Apesardo predito, em 34% a 63% das vezes a polidramnia é rotulada como sendo idiopática.A morbimortalidade perinatal está aumentada em decorrência de sua associação comanomalias congênitas, prematuridade, alterações cromossômicas, prolapso de cordão,descolamento prematuro da placenta ou por causa da patologia materna determinante do quadro,especialmente a isoimunização pelo fator Rh e o diabetes melito. Vale destacar, também, a relaçãoexistente com a macrossomia fetal, mesmo na ausência de diabetes materno.O resultado perinatal parece estar intimamente vinculado à presença de anomalias fetais. Nãoexistindo alterações morfológicas o prognóstico neonatal seria favorável, a menos que ocorressealguma intercorrência, como o descolamento prematuro da placenta ou o prolapso de cordão.Parece haver, também, relação entre a maior intensidade da polidramnia e a piora do resultadoperinatal. A probabilidade de se descobrir um problema significante na polidramnia discreta é decerca de 15%. Nos casos moderados ou graves uma causa definitiva é evidenciada em mais de90% das pacientes.83
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