seguida, a de convalescença, que pode durar de 2 a 12 semanas.Aproximadamente 50% dos pacientes podem ser assintomáticos.O diagnóstico laboratorial é realizado através da pesquisa de marcadores sorológicos do vírusda hepatite B, assim resumidos:· O antígeno de superfície da hepatite B (HbsAg) é o primeiro marcador detectável, precedendoos sintomas clínicos e pode também estar presente no portador crônico.· O antígeno Hbe (HbeAg) indica replicação viral ativa e aparece logo após o HbsAg. Suapositividade além de 8 a 12 semanas, indica evolução da hepatite B para a fase crônica.· O anticorpo contra o antígeno central da hepatite B, tipo IgM (anti-HbcIgM) aparece no inícioda hepatite clínica.· O anticorpo superficial da hepatite B (anti-HBs) aparece mais tardiamente e sua presençaindica imunidade.Além do diagnóstico sorológico, a infecção viral aguda do fígado pode determinar:· Elevação das transaminases (TGO e TGP)· Elevação da bilirrubina total· Elevação da fosfatase alcalina· Leucograma com neutropenia e linfocitose relativa.A forma crônica da doença poderá ter o diagnóstico definido pela biópsia hepática.A grávida não é mais susceptível à hepatite que a não-grávida e a evolução da doença não émodificada pela gestação.Nas gestantes HbsAg e HbeAg positivas o risco de transmissão vertical é de 95%.A maioria dos recém-nascidos com vírus da hepatite B são assintomáticos. Muitos tornam-seportadores crônicos do vírus, com alto risco de desenvolver cirrose ou câncer primário do fígado.Outros desenvolvem a doença, podendo evoluir para cirrose e morte.· Tratamento:Repouso domiciliar relativo até normalização das provas de função hepática. Este períododura em média quatro semanas, não havendo necessidade de restrição de alimentos.O acompanhamento laboratorial para pesquisa de marcadores sorológicos deve ser rigoroso.Na assistência à parturição, a cesariana não tem indicação para proteger o feto da infecçãopelo vírus da hepatite B. O parto, sempre que possível, deve ser espontâneo.Os recém-nascidos de mães HbsAg positivas deverão receber nas primeiras 12 horas de vidagama-globulina hiperimune para hepatite viral B, na dose de 0,5 ml/IM, e a primeira dose davacina. A segunda dose da vacina é administrada após um mês e a terceira após seis meses devida.A vacina pode ser administrada também, durante a gestação, para as gestantessorologicamente negativas e de alto risco para hepatite B.126
ACOMPANHAMENTO DA GRÁVIDA HIV +Desde 1981, quando foram descritos os primeiros casos de AIDS (Síndrome daImunodeficiência Adquirida) em homossexuais masculinos, inúmeras mudanças ocorreram, tantono aspecto epidemiológico como no tratamento e acompanhamento feitos aos pacientes. Aproporção inicial de cerca de 100 homens para 1 mulher está atualmente entre 3 para 1 e 2 para 1em determinadas cidades brasileiras. Esta crescente “feminização” da infecção pelo HIV se deveprincipalmente à transmissão heterossexual, atingindo grande número de mulheres em idadereprodutiva. Consequência alarmante é o fato de que cerca de 90% dos casos de AIDS pediátricono Brasil, nos últimos 3 anos, foram decorrentes da transmissão vertical, ao passo que, em 1986, atransfusão de sangue contaminado e derivados era a via responsável por 78% das criançasinfectadas pelo HIV.Estes números dão uma idéia da situação, transformada em problema de Saúde Pública,envolvendo obstetras, pediatras e infectologistas, na busca de medidas preventivas e terapêuticas,visando basicamente a diminuição da transmissão de mãe para filho. Torna-se, assim, imperativo orastreamento da infecção pelo HIV na rotina pré-natal, resultando em diagnóstico precoce econduta adequada. A realização de testes sorológicos somente para pessoas pertencentes a gruposde risco é atitude ultrapassada. Atualmente, a sorologia para HIV deve ser oferecida para todas asgestantes, no início do pré natal, sempre com orientação pré e pós-teste. Os exames devem serrepetidos, quando negativos, no 3 o trimestre, quando existe caracterização dos fatores de risco. Asoroprevalência da infecção pelo HIV na população obstétrica, no estado de São Paulo, varia de0,1 a 3,7%.Na prática diária, o diagnóstico é feito através de teste de Elisa, realizado através de 2 kitsdiferentes e 1 teste confirmatório, por Western blot ou por imunofluorescência indireta, métodorecomendado pelo Ministério da Saúde.BINÔMIO HIV/AIDS E CICLO GRAVÍDICO - PUERPERALInfluências da gestação sobre a infecção pelo HIVA gravidez cursa junto com certa depressão do estado imunológico, o mesmo ocorrendo coma infecção pelo HIV. Conseqüentemente, espera-se que a gestante HIV+ apresente evoluçãoclínica adversa, maior número de intercorrências e pior sobrevida. Tal fato é observado naspacientes com doença AIDS manifesta, depressão imunológica importante, más condições denutrição, freqüente associação com DST e uso de drogas ilícitas endovenosas. Nas gestantesportadoras assintomáticas, esta interação adversa geralmente não ocorre.127
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