necessariamente, monocoriônico, podendo ser diamniótico (mais comum) ou monoamniótico.Após 10 semanas, a seguinte abordagem pode diagnosticar a corionicidade:· Avaliar o número de placentas: duas placentas com cavidades amnióticas separadas pormembrana espessa indicam placentação dicoriônica e diamniótica.· Uma massa placentária aparentemente única, mas separada por membrana espessa e formandoum pico no ponto de inserção placentária (sinal do lambda), entre 10 e 14 semanas, indicaplacentação dicoriônica e diamniótica.· A partir do segundo trimestre, a mesma abordagem pode ser utilizada. No entanto, a acuráciadiagnóstica não é tão elevada quanto a realizada no primeiro trimestre.· Rastreamento para aneuploidias no primeiro trimestre através da medida da translucência nucalO marcador ultra-sonográfico mais precoce e melhor estudado para detecção da síndrome deDown é a translucência nucal (TN). A TN é um acúmulo de líquido ao nível da nuca, observadoem todos os fetos entre 10 e 14 semanas de gestação. Seu aumento está associado a risco maiselevado para síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas do que o risco basal estimadopara a idade materna. Nos casos de TN aumentada e cariótipo normal, existiria, ainda, um maiorrisco para anomalias cardíacas e outras malformações fetais: hérnia diafragmática, onfalocele,megabexiga, anomalia de “body-stalk”, seqüência de acinesia fetal, acondrogênese tipo II,síndrome de Beckwith-Wiedeman, displasia campomélica, síndrome de Fryns, síndrome de“hydrolethalus”, síndrome de Jarcho-Levin, síndrome de Jeune’s (distrofia atrófica asfixiante),síndrome de Joubert, síndrome de Noonan, síndrome de Robert, síndrome de Smith-Lemli-Opitz,displasia tanatofórica, síndrome de trigonocefalia “C”, síndrome de VACTERL e infecçõescongênitas.Deve ser levado em consideração, na interpretação dos achados, os seguintes fatores:· O limite de normalidade da TN varia conforme a idade gestacional e, portanto, conforme oCCN do embrião.· Quanto maior o desvio da normalidade para a TN, maior o risco de anomalia cromossômica.· O risco é calculado e individualizado para cada caso, multiplicando-se o risco basal para agestante (dependente da idade materna, idade gestacional e história prévia de anomaliascromossômicas) por um fator de correção que, por sua vez, é calculado à partir da medida da TN eCCN.· Na prática clínica diária, tem sido comum considerar a TN normal quando sua medida é menorque 2,5 a 3 mm entre 10 e 14 semanas de gestação.42
Diagnóstico de anomalias estruturais fetais por ultra-sonografia realizada no primeirotrimestreA maioria das malformações estruturais pode ser detectada por USG no período pré-natal. Apossibilidade de diagnóstico correto varia com a gravidade da anomalia, com a época da gestaçãoem que o exame é realizado, com a experiência do examinador e com a qualidade técnica doequipamento utilizado. Nos dias de hoje, é comum uma grande pressão familiar sobre obstetras eultra-sonografistas para que seja determinado, o quanto antes, se o feto é “perfeito” (como regrageral, o exame ultra-sonográfico é bastante acurado para a detecção de anomalias graves, comopor exemplo a anencefalia, mas esta acurácia diminui à medida que anormalidades menos gravessão diagnosticadas).De qualquer modo, uma vez orientada a família quanto às limitações do método, maximiza-sea possibilidade de diagnóstico precoce e acurado da maior parte das anomalias com a seguinteestratégia: realização do primeiro exame, por via transvaginal, entre 13 e 14 semanas, comdeterminação da idade gestacional, avaliação da TN e diagnóstico de malformações anatômicasmaiores. Caso a avaliação morfológica fetal passe a ser realizada em dois estágios, o primeiro na13 a semana com ultra-som transvaginal e a segunda na 22 a semana, é possível que a acurácia dométodo diagnóstico melhore significativamente.APLICAÇÕES DA ULTRA-SONOGRAFIA NO SEGUNDO TRIMESTREAvaliação morfológica fetalEntre 18 e 22 semanas os órgãos fetais encontram-se bem definidos, permitindo diagnósticopreciso das malformações da coluna vertebral, mãos, pés, face, diafragma e coração. A partir destaidade gestacional, a calcificação dos ossos das costelas, membros e coluna vertebral prejudicam aavaliação morfológica, com conseqüente diminuição da acurácia diagnóstica.Todo o exame realizado nesta fase da gestação deve avaliar, obrigatoriamente, as seguintesestruturas: calota craniana, cérebro, órbitas, lábios, perfil facial, tórax, coração fetal (incluindo avisão de 4 câmaras e vias de saída, arco aórtico e arco ductal), diafragma, estômago, rins,intestinos delgado e grosso, bexiga, inserção do cordão umbilical no abdome e integridade daparede abdominal, coluna vertebral em cortes coronal, transversal e sagital, além de todos osmembros (incluindo dígitos, se possível) e genitália externa. Esta deve ser a avaliação básicarealizada em todas as gestantes nesta fase, inclusive as de baixo risco.Para as pacientes com risco elevado para anomalias congênitas, além da avaliaçãoanatômica descrita acima, seria realizada biometria detalhada de todas estruturas43
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