HEMORRAGIA DA PRIMEIRA METADE DA GRAVIDEZABORTAMENTODe acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Federação Internacional deGinecologia e Obstetrícia (FIGO, 1976) o abortamento é a interrrupção da gestação antes de 22semanas, pesando o concepto menos de 500 g. Pode ser espontâneo ou provocado. Clinicamentese divide os abortamentos em precoces, até 12 semanas, e tardios, após 12 semanas, sendo demaior freqüência os abortamentos precoces.Tem com fatores etiológicos:1) Alterações cromossomiais: monossomias, trissomias, triploidias, tetraploidias, mosaicos. Afreqüência do abortamento por anomalias cromossomiais varia de 8 a 64%.2) Anomalias do ovo e de implantação3) Placentopatias4) Mecanismos imunológicos5) Ginecopatias: alterações endometriais subseqüentes a curetagens múltiplas, infecções ecicatrizes cirúrgicas, malformações uterinas (útero didelfo, bicorno, septado ou hipoplásico),miomatose uterina deformando a cavidade do útero, incompetência ístmo-cervical.6) Endocrinopatias: patologias da tireóide, diabetes, insuficiência do corpo lúteo.7) Anemias graves e doenças cardiorespiratóriasFORMAS CLÍNICAS DE ABORTAMENTOABORTO EVITÁVEL (AMEAÇA DE ABORTAMENTO)Caracteriza-se pela integridade do ovo, com útero compatível com a idade da gravidez, e coloimpérvio. Ocorre sangramento discreto a moderado, dor em cólicas. O exame especular afastaoutras causas hemorrágicas.Conduta: repouso relativo, abstinência sexual, analgésicos e antiespasmódicos para o alívioda dor, tranqüilização da paciente.ABORTO INEVITÁVELCaracteriza-se por perda da integridade do ovo, sangramento moderado a acentuado contendocoágulos e/ou restos ovulares, colo uterino permeável, dor em cólicas de forte intensidade,redução do volume uterino em relação à idade gestacional. Pode culminar em abortamentocompleto ou incompleto.Conduta: curetagem uterina, quando necessária, e tratamento de suporte, se preciso, paraestabilização hemodinâmica.90
ABORTO RETIDOCaracteriza-se pela interrupção da gestação com permanência do produto conceptual nacavidade uterina. Pode ocorrer discreto sangramento, colo impérvio, regressão dos fenômenosgravídicos e redução do volume uterino em relação à idade gestacional.Conduta: curetagem uterina.ABORTO INFECTADOCaracteriza-se por quadro infeccioso materno, com presença de ovo íntegro ou não, quadrohemorrágico variável. Associa-se, habitualmente, à manipulação uterina. Pode apresentar secreçãofétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, calor local e febre, comprometimento variáveldo estado geral.Na dependência do estádio clínico pode ser dividido em:Grau 1: É o mais freqüente, a infecção está limitada ao conteúdo da cavidade uterina.Grau 2: A infecção já se expande à pelve ( pelviperitonite ).Grau 3: Peritonite generalizada e infecção sistêmica com grave comprometimento do estadogeral com coagulação intra-vascular disseminada, insuficiência renal, falência de múltiplos órgãose choque séptico.Conduta: 1) Fluidoterapia para estabilização hemodinâmica;2) Antibioticoterapia. Vários esquemas podem ser utilizados visando a cobertura da infecçãopolimicrobiana. Sugere-se a associação de penicilina cristalina (5.000.000 UI EV 4/4 horas),gentamicina (1 mg/kg peso IM ou EV 8/8 horas) e metronidazol (500 mg EV 6/6 horas) ouclindamicina (600 mg EV 6/6 horas);3) Tratamento cirúrgico. Na dependência da gravidade do quadro clínico podem serempregados: a) curetagem uterina após estabilização hemodinâmica e pelo menos 2 horas deterapêutica antibiótica; b) drenagem de fundo de saco (culdotomia) nas infecções com coleçõespurulentas restritas à pelve; c) laparotomia com histerectomia e anexectomia bilateral e drenagemda cúpula vaginal e da cavidade abdominal. A histerectomia se justifica na ausência de respostaaos tratamentos anteriores, com a persistência do quadro de choque séptico.PRENHEZ ECTÓPICAConsiste na implantação do ovo fora da cavidade uterina, sendo mais freqüente aprenhez tubária na sua porção ampular. Clinicamente pode caracterizar-se pelo atrasomenstrual (nem sempre evidente), acompanhado de sangramento genital discreto amoderado, com dor pélvica intermitente na fase inicial, evoluindo para dor contínua eintensa, com sinais de irritação peritoneal. As repercussões hemodinâmicas podem ser91
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