periuretrais podem dar sintomas de cistite, inclusive piúria.PIELONEFRITE AGUDAIncide em 2% das gestações, sendo a complicação mais importante do trato urinário.Caracteriza-se pelo comprometimento do ureter, da pelve e do parênquima renal. As vias deinfecção são ascendente, hematogênica e linfática.O quadro clínico da pielonefrite aguda é caracterizado por febre, calafrios, dor nos flancos,náuseas e vômitos. De forma geral é precedido de disúria, podendo ocorrer bacteriúria,acompanhada por choque endotóxico causado por bactérias gram negativas. É possivel aexistência de quadros de pielonefrite crônica com crises de reagudização.São causadas, em 70% dos casos, por Escherichia coli, seguidos de estreptococos, klebsiella,pseudomonas, enterobacter e outros, cada um destes respondendo por cerca de 5% dos casos.QUADRO CLÍNICOA infecção urinária sintomática pode se manifestar de acordo com a causa. Na cistite osintoma básico é local, disúria, polaciúria, nictúria e, às vezes, urgência miccional, sem alteraçãodo estado geral.Na pielonefrite aguda ocorre comprometimento do estado geral, mal estar, calafrios, febre,dor na loja renal, náuseas, vômitos e sinal de Giordano presente na maioria dos casos.DIAGNÓSTICOO melhor método é a coleta da urina em jato médio, onde deve ser analisado o sedimentourinário, e a urocultura com antibiograma, e o ideal é que fossem realizados uroculturas em diasdiferentes – e, quando constatado o mesmo agente microbiano, a segurança é de 95%.O hemograma tem importância no diagnóstico da pielonefrite que, com certeza, apresentarádesvio à esquerda, independente da alteração dos leucócitos.A ultra-sonografia é método complementar na avaliação do trato urinário (presença decálculos e alterações anatômicas) agravadas pela gestação.HIDRONEFROSEA dilatação do trato urinário superior na gestação é considerada um fenômeno fisiológico.Manifesta-se de forma evidente a partir da 20 a semana, desenvolvendo-se rapidamente.102
Desaparece algumas semanas após o parto. A causa é mecânica e hormonal e 90% dos casosocorrem no 3 o trimestre. Acomete mais o lado direito, em torno de 75%, podendo ser bilateral.Em pacientes com pré-eclâmpsia 50% apresentam dilatação bilateral.O quadro clínico é variável, desde pacientes assintomáticas até septicemia com insuficiênciarenal aguda.O tratamento pode ser clínico (medidas posturais, analgesias, antibióticos) e cirúrgicos(cateter ureteral duplo J e nefrostomia).TRATAMENTOComo norma geral a terapêutica deverá se basear na patologia, na idade gestacional, nainteração medicamentosa e no seu efeito na gestante e concepto. Nas pacientes portadoras debacteriúria assintomática e cistite aguda poderão ser usadas, em tratamento convencional de 7 a 14dias, ampicilina, amoxicilina e cefalosporinas-cefalexina 2 g/dia, cefadroxil 1 g/dia. Algunsestudos com uso das quinolonas no primeiro trimestre da gestação não evidenciaramanormalidades congênitas. Não são, no entanto, drogas já liberadas para uso na gravidez. Nosegundo trimestre pode-se usar, além das drogas citadas, a nitrofurantoína, as sulfonamidas e oácido pipemídico.No terceiro trimestre podem-se usar todos os antibióticos, com exceção das sulfonamidas. Aampicilina e as sulfonomidas têm apresentado mau resultado pela resistência aumentada a cepasde Escherichia coli.Na pielonefrite, em qualquer fase da gestação a conduta é: internação, hidratação,antitérmicos, avaliação do estado geral, antibiótico, dando-se preferência às cefalosporinas–cefalotina 4 g/dia. Nas pacientes que apresentam pré-choque ou choque podemos usar a cefalotina4 g/dia ou outra cefalosporina de 3 a geração (cefoperazona, 2 a 4 g/dia, intervalo de 12 horas) ouainda associados aos aminoglicosídeos - gentamicina ou amicacina. A cefalosporina poderá serpassada para via oral 24 horas após melhora do estado geral e ausência da febre.A eficácia do tratamento é a melhora clínica, a negativação da bacteriúria e leucocitúria nosedimento urinário ou negativação da urocultura em 48 horas.PROGNÓSTICOA infecção urinária leva ao trabalho de parto prematuro, à prematuridade, ao baixo peso e àmortalidade neonatal, representando a sexta causa de morte neonatal, confirmando que é umagrave complicação durante a gestação.Devemos, portanto, atuar em diversos pontos, na assistência pré-natal e neonatal, oferecendoacesso à tecnologia de ponta para estes prematuros.103
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