O diagnóstico diferencial deve ser feito com placenta prévia, rotura uterina, polidrâmnioagudo, síndrome de sofrimento de vísceras ocas ou maciças, rotura de vasa prévia ou seiomarginal da placenta e trabalho de parto prematuro.A conduta será baseada em:1- Amniotomia2- Venóclise e fluidoterapia3- Tipagem sangüínea4- Resolução da gestação pela via mais rápida quando o feto estiver vivo. Tratando-se de fetomorto a escolha da via de parto dependerá do estágio de dilatação cervical e das condições clínicasmaternas5- Controle da diurese6- Monitorizar o estado hematológico e de coagulabilidade materna (hemograma, plaquetas,fibrinogênio, produtos de degradação da fibrina e tempo de atividade da protrombina)7- Transfusão de concentrados de hemácias, plaquetas e plasma fresco, quando indicados.As pricipais complicações são o choque hipovolêmico, a insuficiência renal aguda, ainsuficiência cárdio-respiratória, a coagulopatia e a necrose do lobo posterior da hipófise(Síndrome de Sheehan).A mortalidade materna chega a atingir 1,7% dos casos. O prognóstico é mais sombrio quandoexiste hipertensão grave, postergação da interrupção da gravidez ou alguma complicação clínicaassociada ao DPP. A mortalidade fetal pode chegar a 100% em casos graves, 65% nos moderadose 25% nos leves. A prematuridade aumenta ainda mais a mortalidade perinatal.INSERÇÃO BAIXA DA PLACENTA (PLACENTA PRÉVIA)Placenta inserida no segmento inferior do útero, até 7 cm do orifício interno, após a 28 asemana. A incidência gira em torno de 0,5% a 1% de todas as gestações.Pode ser classificada em:1. Placenta prévia total: recobre totalmente o orifício interno do colo uterino.2. Placenta prévia parcial: recobre parcialmente o orifício interno do colo uterino.3. Placenta prévia marginal: a borda placentária margeia o orifício interno do colo uterino.4. Placenta prévia lateral: a placenta está implantada no segmento do útero sem alcançar oorifício interno do colo.Tem como principais fatores predisponentes:a) Multiparidade: principalmente quando há período interpartal curto.94
) Idade: a placenta prévia é mais comum nas gestantes idosas.c) Curetagem uterina prévia.d) Gravidez gemelar.e) Patologias que deformem a cavidade uterina (malformações, miomatose).f) Cesarianas anteriores.g) Infecção puerperal.A hemorragia espontânea produz-se porque o bordo placentário se descola na formação dosegmento inferior, por despregueamento do istmo. A placenta, não podendo acompanhar, arrancaas conexões com a decídua basal, o que provoca hemorragia, originária dos espaços intervilosos,e, portanto, materna.O sangramento é o sinal mais importante, sendo indolor, rutilante, aparecendo sem quaisqueresforços ou traumatismos, estando presente em mais de 90% dos casos.A palpação abdominal às vezes identifica a estática fetal alterada. O exame especular énecessário para identificar a fonte do sangramento: se é de origem obstétrica ou ginecológica. Oexame digital é desaconselhado.Na ultra-sonografia o diagnóstico só será definitivo no terceiro trimestre, devido àpossibilidade da placenta, de inserção baixa em idades gestacionais mais precoces, poderacompanhar o crescimento uterino, modificando sua posição em relação ao colo.A conduta dependerá da idade gestacional. Na gestação pré-termo, com sangramentodiscreto, indica-se:· internação com repouso no leito, classificação sangüínea;· avaliação da vitalidade fetal;· avaliação do sangramento materno;· corticóide para o amadurecimento pulmonar fetal entre 26 e 34 semanas (betametasona: 12mg IM, com intervalo de 24 h, total de 2 doses. Repetir 12 mg IM a cada 7 dias).Em caso de sangramento moderado ou grave, de difícil controle hemodinâmico, indica-seinterrupção da gestação por cesariana.No termo ou presente maturidade indica-se a resolução da gestação, através de cesariana, nasplacentas prévias total e parcial. Nas demais, pode-se aguardar o trabalho de parto permitindo-se oparto transpélvico se o estado hemodinâmico materno o permitir e a placenta prévia for lateral oumarginal.Nestes casos a amniotomia precoce pode ser indicada devido à possibilidade de compressãoda borda placentária sangrante pelo efeito compressivo do polo fetal.A mortalidade perinatal situa-se em torno de 10 a 20%, devido, principalmente, àprematuridade. Além disso, está associada a outras condições: amniorrexe prematura, grandeincidência de situações transverso-oblíquas, apresentação pélvica, sofrimento fetal e acretismoplacentar.95
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